Tomás Taborda: "O maior desafio de ser ator é lidar com a descartabilidade que existe"

10 perguntas à queima-roupa, 10 respostas na ponta da língua. Nesta rubrica, o DN desafia personalidades a comentar assuntos quentes do país e da atualidade. Neste dia é a vez do ator Tomás Taborda, que ficou famoso na nova temporada da série <em>Morangos com Açúcar</em>.
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Maior desafio profissional?
O maior desafio da profissão é lidar com a descartabilidade que existe e, além disso, é a responsabilidade de poder representar vidas ou pessoas que se vão identificar com aquilo que estamos a representar. Acho que isso é a maior responsabilidade e o maior desafio que temos.

Redes sociais...
As redes sociais são uma nova forma de apresentar as vidas das pessoas e uma nova forma de comunicar e acho que não há uma maneira certa nem errada de as usar. Mas, para mim, o necessário é conseguir também, para além de passar aquilo que eu sou e o meu trabalho, aquilo em que acredito.

Uma paixão?
A minha família.

Teatro ou televisão?
Acho que o teatro é sempre muito desafiante, porque é o que acontece naquele momento, e para além disso também chegamos ali e deparamo-nos com eventualidades que acontecem no momento; mas a televisão também é muito desafiante porque a cada take temos de tentar repetir com o máximo de perfeição e cuidado, portanto eu acho que ainda não consigo decidir qual é que gosto mais.

Irreverência?
Acho que é um estado de espírito. E acho que é um não ter medo.

Moda...
Moda é expressão. É expressão de arte essencialmente. Com a moda nós podemos mostrar quem somos.

Uma lição da pandemia?
Acho que a pandemia nos ensinou muitas coisas, principalmente a encontrar várias facetas nossas, que muitas vezes não conhecemos. São facetas que vamos descobrindo e coisas que vamos aprendendo acerca de nós mesmos, por isso acho que é a versatilidade que temos em nós próprios. Acho que foi a maior lição que a pandemia me deu.

Um podcast...
In the Envelope: The Actor"s Podcast. É um podcast que ouço muito, porque temos muita informação acerca de atores que falam sobre os papéis que já desempenharam, o processo dos diretores de casting para encontrarem a pessoa perfeita para o papel específico. É o que eu tenho ouvido mais.

Uma viagem de sonho?
Quero muito ir ao Brasil. Acho que é o calor, a música, a cultura e acho que têm uma energia diferente, as pessoas brasileiras e penso que o Brasil também a terá.

Levar uma pessoa a jantar. Quem?
A Patti Smith, que é uma escritora, que eu adoro. Acho que ia ter muita coisa para falar com ela porque ela acompanhou toda a era dos Anos 60 em Nova Iorque, ou seja, a pop art. Ela frequentava muito também a Factory, do Andy Warhol, e também tinha um pensamento político muito aprofundado, tinha um enorme espírito crítico, e iria ter muito para falar com ela e para lhe perguntar.

Ouça aqui o podcast:

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