Testemunhos ambíguos para a estratégia de Jackson

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As histórias paralelas ao processo de pedofilia em que é acusado Michael Jackson alimentam as audiências do tribunal de Santa Maria, na Califórnia. São contadas por figuras secundárias, enquanto se espera pelos "pesos pesados" da defesa do cantor . Larry King depõe amanhã e Jay Leno segunda-feira.

Ontem e anteontem, o centro das atenções foi Angel Vivanco, ex-cozinheiro no rancho Neverland que também fazia um part-time como substituto da ama dos filhos do cantor, e que contou que, em Fevereiro de 2003, quando Janet Arvizo, a mãe do acusador, diz ter sido sequestrada, foi chamado para lhe servir champanhe. Ela estava acompanhada por Dieter Wiesner, ex-manager do cantor, e, segundo o cozinheiro, "namoriscavam". Posteriormente, Janet Arvizo disse ao procurador público Tom Sneddon que Dieter Wiesner a teria atacado, mas este não acreditou.

Vivanco marcou pontos para a defesa quando informou o júri que tinha apanhado o acusador e o irmão na cave de vinhos de Jackson com uma garrafa e que estes lhe tinham pedido para juntar bebidas alcoólicas aos batidos de leite. Mas deu razão à acusação, ao confirmar que viu Janet Arvizo a memorizar elogios ao cantor para um vídeo.

Angel Arvizo revelou que namorou com a irmã do acusador, que na altura teria uns 16 anos. A revelação levou o juiz Rodney Melville a decidir que não fossem consideradas as declarações feitas por ela, consideradas fundamentais para a defesa. Esta chamava à mãe psycho mom e teria dito a Vivanco que a mãe e o padrasto estavam a "planear algo em grande".

O relato do ex-segurança de Neverland, Shane Meredith, também teve resultados ambíguos. Disse que tinha "visto os dois rapazes com uma garrafa de bebida alcoólica" e que os viu com revistas pornográficas, mas confirmou o que os guardas lhe contaram terem visto Michael Jackson a ter relações sexuais com um rapaz, em 1994.

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