Teste de pressão da BP após reparação de pequena fuga

Depois de terem sido fechadas duas das três válvulas da tampa de contenção, colocada pela BP para impedir a saída de petróleo do seu poço danificado no golfo do México, os peritos encontraram uma pequena fuga que voltou a adiar o início do teste de pressão duran- te a madrugada. A situação fi- cou contudo resolvida ontem, ao início da tarde, e a petrolífera deu início ao exame que poderá pôr fim à fuga iniciada há 86 dias.

O teste deverá durar entre seis e 48 horas e destina-se a avaliar a integridade do poço. À medida que as válvulas vão sendo encerradas, da tampa de contenção (que pesa 75 toneladas), a BP avalia a pressão. O importante é que esta se mantenha elevada, porque se for baixa significa que poderá haver novas fugas. Nesse caso, as válvulas serão reabertas e o petróleo encaminhado para os navios à superfície. Uma solução menos positiva, já que diante da ameaça de um furacão, estes terão de navegar para águas seguras, deixando o petróleo a correr para as águas.

A resolução do problema deverá acontecer apenas em meados de Agosto, quando estiver terminada a perfuração dos poços de alívio. Entretanto, as autoridades norte-americanas mantêm a moratória às explorações em águas profundas. E a BP está sob fogo, depois de reconhecer que fez pressão para a libertação do autor dos atentados de Lockerbie, no Reino Unido, por causa de um negócio de petróleo na Líbia.

A Comissão Europeia está a estudar a legislação no sentido de também ela lançar uma moratória às novas explorações petrolíferas - nomeadamente no mar do Norte. Ontem, a eurodeputada do PSD Maria da Graça Carvalho sugeriu ao comissário para a Energia, Gunther Oettinger, expandir as competências da Agência Europeia da Segurança Marítima (cuja sede é em Lisboa). O objectivo é criar mecanismos de supervisão da segurança das plataformas petrolíferas e de prevenção de desastres ambientais relacionados com este tipo de exploração.