Tempestade de fogo sobre Hamburgo

Na primeira página de 20 de março de 1947, o<em> Diário de Notícias</em> publicava em exclusivo o testemunho do marechal do ar Sir Arthur Harris sobre a ofensiva da Royal Air Force contra a cidade alemã durante a II Guerra Mundial.
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A II Guerra Mundial terminara havia menos de dois anos e na primeira página de 20 de março de 1947 o Diário de Notícias publicava o testemunho do marechal do ar britânico Sir Arthur Harris sobre a ofensiva da Royal Air Force (RAF) contra Hamburgo em julho de 1943.

"Conhecíamos de há muito a resposta apropriada à defesa antiaérea alemã. Havia todas as razões para supor que se as autoridades nos permitissem lançar tiras de papel metalizado durante os nossos ataques, viríamos a estabelecer completa confusão nas estações de radar do inimigo", lê-se no testemunho do marechal. Os alemães, explica o oficial britânico, "contavam com elas para orientação dos seus caças noturnos e para a pontaria das suas baterias antiaéreas".

As tais tiras de papel, que receberam o nome de Janelas, "foram lançadas pela primeira vez a 24 de julho", relata Sir Arthur Harris. No ataque participaram 700 aviões e este causou "incêndios gigantescos que 24 horas depois não tinham sido extintos".

Um novo ataque contra a mesma cidade, dois dias depois, foi descrito num documento secreto alemão como um "ciclone de fogo". Segundo o marechal britânico, este segundo ataque "deve ter sido mais catastrófico do que a explosão das duas bombas atómicas sobre cidades japonesas". Em agosto de 1945, os EUA lançaram duas bombas atómicas sobre Hiroxima e Nagasáqui, ditando o fim da guerra no Pacífico com a rendição japonesa.

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