Técnicos de Fucoxima estão no limite
O diário New Zeland Herald recorda que os cientistas e pessoal técnico em Fucoxima apresentam "sinais de desidratação, sofrem insónias, estão em vias de desenvolver depressões ou problemas cardíacos, segundo um médico que se reuniu com eles".
"As condições de vida na central são extremamente duras, segundo o epidemiologista Takeshi Tanigawa (...) que se encontrou com 80 dos técnicos ao longo de quatro dias num local onde descansam, fora da central de Fucoxima".
O diário neozelandês cita uma fonte da eléctrica que dirige a central para indicar que, além de militares, bombeiros e polícias, estão em Fucoxima cerca de 245 civis, entre cientistas e técnicos de várias especialidades. "Tanigawa afirma que eles mal descansam, não têm condições para tomar banho regularmente e não recebem alimentos frescos, e permanecem expostos a doses elevadas de radiação".
Além destes problemas, o facto da maioria ser de meia-idade pode pôr em causa o correcto desempenho das suas tarefas, nota o jornal, citando aquele médico. Este refere que o brutal ritmo de trabalho, "justificável nos primeiros dias, tornou-se a regra".
O médico elogia os técnicos, explicando que é susposto "trabalharem quatro dias e descansarem dois. Mas a maioria sente que não deve abandonar o local. Sentem um profundo sentimento de responsabilidade".