Taxa de desemprego afunda de 6,8% para 6,3% no 2º trimestre
A taxa de desemprego nacional diminuiu de forma significativa, de 6,8% no primeiro trimestre para 6,3% da população ativa no segundo trimestre, informa o Instituto Nacional de Estatística (INE), esta quarta-feira.
Trata-se do "valor mais baixo da série iniciada em 2011", isto é, um mínimo de pelo menos oito anos, observa o INE.
No entanto, apesar deste mínimo, o instituto dá conta de que podemos estar perto de um ponto de viragem no mercado de trabalho. A descida do número de desempregados é cada vez mais fraca e o aumento do emprego também.
"Em relação ao trimestre homólogo de 2018, a população desempregada diminuiu 6,6% (menos 23,3 mil casos), na sequência dos decréscimos observados desde o 3º trimestre de 2013." Ou seja, oficialmente, Portugal tem agora 328,5 mil pessoas sem trabalho.
O próprio INE alerta que "estes decréscimos, porém, têm vindo a ser cada vez menores ao longo do último ano, tal como os acréscimos homólogos observados na população empregada", o que pode indiciar que, como referido, estamos perto de um ponto de viragem no mercado de trabalho, para pior.
Em termos regionais, o Norte e a região Centro registam atualmente os níveis de desemprego mais baixos do País, mas o maior alívio entre o primeiro e segundo trimestre aconteceu no Algarve e na Grande Lisboa, o que estará relacionado com a sazonalidade do indicador, com a aproximação do verão e com o aumento continuado do turismo.
Diz o INE que "No 2º trimestre de 2019, a taxa de desemprego foi superior à média nacional em cinco regiões do país: Região Autónoma dos Açores (8,2%), Área Metropolitana de Lisboa (7,1%), Alentejo (6,9%), Região Autónoma da Madeira (6,9%) e Algarve (6,7%)".
Para compensar, "as taxas de desemprego no Norte e na região Centro (6,2% e 4,7%, respetivamente) ficaram abaixo" da média nacional de 6,3%.
Face ao início do ano, a intensidade do desemprego aumentou apenas no Alentejo, tendo diminuído nas restantes regiões. Segundo o INE, as maiores descidas foram observadas no Algarve (menos 2,7 p.p.) e na Área Metropolitana de Lisboa (menos 0,7 p.p.).