TAP vai investir 20 milhões de euros em manutenção na Portela

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A TAP vai iniciar um novo ciclo de expansão na área da manutenção, abrangendo os mercados nacional e brasileiro. Nos próximos meses, a administração da companhia vai decidir sobre investimentos na expansão da capacidade da TAP Manutenção & Engenharia e da VEM - Varig Engenharia e Manutenção, recentemente adquirida, e que está a ser alvo de um processo de integração na TAP.

Jorge Sobral, presidente da VEM e administrador da TAP/ME, disse, à margem da apresentação das actividades da VEM, no Rio de Janeiro, que a TAP está a avaliar um investimento de 20 milhões de euros para a reformulação e expansão dos seus hangares no aeroporto da Portela. O investimento terá de ficar concluído no prazo de três anos, por forma a que a unidade possa realizar a manutenção dos novos Airbus A-330, que a companhia encomendou recentemente. Actualmente, a disponibilidade para a manutenção de aviões de grande porte na Portela é limitada. A companhia está a apurar o investimento necessário para transferir parte de manutenção para o futuro aeroporto da Ota.

Entretanto, a companhia vai avançar com a expansão da capacidade instalada no Rio de Janeiro. Actualmente, a VEM debate-se com um problema de falta de espaço para atender o volume de encomendas. Evandro Oliveira, director-presidente da VEM, disse ao DN que está em análise a possibilidade de expandir o actual hangar, ascendendo o investimento a 5 milhões de dólares. A estrutura demorará cerca de um ano a ficar concluída. A empresa apresentou o projecto ao banco BNDS, que tinha congelado a sua aprovação, devido à sua situação financeira. Agora, com a entrada da TAP na estrutura accionista, "a situação será certamente reavaliada", diz Evandro Oliveira. A VEM tem a capacidade esgotada até Julho e enfrenta dificuldades para o resto do ano, não tendo possibilidade de aceitar três grandes encomendas, face a limitações de espaço.

A TAP está a analisar um outro projecto que a VEM foi forçada a "congelar" por falta de financiamento. Trata-se da reactivação da oficina de motores. O projecto prevê a associação a um fornecedor de motores "de tipo diferente" daqueles que foram montados no passado. Actualmente, estão vários motores por reparar na oficina, por falta de peças. Fonte da TAP disse ao DN que naquele espaço "estão milhões de dólares parados". Recorde-se que a Varig viu a sua frota reduzida por falta de peças para reparação. Para a reactivação das oficinas, a TAP já foi sondada por potenciais parceiros, entre os quais fornecedores de motores.

Através da integração dos processos e da transferência de know-how, em particular da frota Airbus, a TAP/ME-VEM deve alcançar aumentos médios anuais de 5,4% dos proveitos operacionais, que atingiram 348 milhões de euros em 2005. C

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