TAP investe 15 milhões em novo hangar na Portela

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A TAP, através da unidade de negócios de manutenção e engenharia (TAP M&E) está a estudar a construção de um novo hangar junto das actuais instalações de manutenção, na Portela, um investimento calculado em 15 milhões de euros. As limitações de espaço no aeroporto são o principal obstáculo à realização do projecto. Em declarações ao DN, Jorge Sobral, vice-presidente da unidade, disse que o novo hangar poderá ser construído em terrenos actualmente ocupados por um parque de estacionamento.

A alternativa não satisfaz os responsáveis da TAP, mas existe a possibilidade de "construir um silo para atenuar o impacto negativo no estacionamento". A construção de um novo hangar é essencial para a TAP M&E porque, com a renovação da frota da TAP, vai aumentar substancialmente a frota de longo curso, com aviões de grande porte - A330 e, no futuro, os A350, que vão necessitar de mais espaço do que os aparelhos da actual frota . Ou seja, diz Jorge Sobral, "chegaremos a um ponto em que, com as instalações que temos, não conseguiremos oferecer um único slot de trabalhos para terceiros". A falta de espaço agravou-se com a aquisição de três A330.

"Existem alturas do ano em que temos menos possibilidade de realizar trabalhos para terceiros. É nessas alturas que deparamos com grandes limitações de espaço." O trabalho fora do universo da TAP representa um valor elevado nas contas da unidade de manutenção. No final do primeiro semestre, a unidade aumentou "a facturação nos trabalhos para terceiros em 37%, face a igual período de 2005".

No início de cada ano, os hangares ficam preenchidos com os aviões da TAP para as "grandes inspecções, obrigando a negociações dos slots vazios com outros clientes". O caso dos motores é "mais complicado, o seu acomodamento não é feito atempadamente". O acréscimo de trabalho da TAP M&E deve-se precisamente à manutenção de motores. "Existem alturas em que a oficina fica cheia e deixamos muitos motores na rua porque não temos espaço". Os hangares da OGMA, em Alverca, podem "vir a fazer parte da solução para a falta de espaço", diz. Outro problema que Jorge Sobral quer resolver prende-se com os ensaios de reactores. "São sempre feitos de forma precária", adverte.

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