TAP inicia processo de despedimento coletivo de mais de 100 pessoas
A TAP vai avançar com o despedimento coletivo de mais de uma centena de funcionários. Após a aplicação de um conjunto de medidas de caráter voluntário - como rescisões por mútuo acordo, reformas antecipadas, pré-reformas, trabalho a tempo parcial, licenças sem vencimento, bem como candidaturas a vagas disponíveis na Portugália - a TAP continua a considerar ter trabalhadores a mais para as suas necessidades e, por isso, vai avançar com um despedimento coletivo.
"Como consequência das referidas medidas voluntárias, a meta inicial de redimensionamento do Plano de Reestruturação pôde ser ajustada em baixa e permitiu que o número de trabalhadores elegível para medidas unilaterais fosse reduzido para 124 trabalhadores, ou seja, ajustado em cerca de 94% face ao número inicial previsto e imposto pelo Plano de Reestruturação, estando estes trabalhadores distribuídos pelos principais grupos profissionais da TAP da seguinte forma: - 35 pilotos por comparação com o número inicial de 458; - 28 tripulantes de cabina por comparação com o número inicial de 747; - 38 trabalhadores da área de manutenção e engenharia em Portugal por comparação com o número inicial de 450; - 23 trabalhadores na sede da TAP por comparação com o número inicial de 300", pode ler-se no comunicado enviado pela companhia à Comissão de Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).
A companhia aérea atualmente liderada por Christine Ourmières-Widener avança para o despedimento coletivo numa altura em que a Comissão Europeia ainda não deu luz verde ao plano de reestruturação, que foi enviado por Portugal em dezembro de 2020.
Ao regulador do mercado de capitais, a transportadora aérea que é detida maioritariamente pelo Estado português nota que o despedimento "seguirá os seus trâmites de acordo com um calendário indicativo que se prevê concluir-se no último trimestre do corrente ano".
Ana Laranjeiro é jornalista do Dinheiro Vivo