Suspeitos em prisão preventiva
Os dois suspeitos de envolvimento no homicídio do empresário Aurélio Palha ficaram detidos preventivamente após serem ouvidos no Tribunal de Instrução Criminal (TIC) do Porto. A juíza considerou existirem novos indícios que implicam tanto Miguel "Palavrinhas" como Augusto Soares no crime ocorrido à porta da discoteca Chic na madrugada de 27 de Agosto de 2007.
Uma das duas testemunhas que a equipa de investigação liderada pela procuradora Helena Fazenda levou a tribunal para serem ouvidas para memória futura terá de voltar ao TIC na próxima quinta-feira. O adiantado da hora e problemas informáticos ocorridos durante a sessão de ontem causaram o adiamento.
Estas testemunhas estão a ter protecção policial e confirmam a realização de um encontro preparatório, numa casa do Carvalhido, onde o crime foi planeado. Contam ainda que os disparos, alegadamente realizados pelo Gangue da Ribeira liderado por Bruno Pidá, terão sido feitos a partir de várias viaturas.
Aurélio Palha foi abatido a tiro à porta do estabelecimento que geria quando estava na companhia de Alberto Ferreira, segurança que no meio era conhecido por Berto Maluco. Um ajuste de contas algum tempo depois de, à porta da discoteca Sublime, também na zona industrial do Porto, terem ocorrido desacatos entre elementos do grupo da Ribeira e os irmãos Correia, protegidos por Berto Maluco. Um dos cabo-verdianos, Ilídio Correia, seria também assassinado pouco depois. Por este crime, Bruno Pidá foi condenado a 24 anos de prisão e os restantes elementos do grupo a penas entre os 21 e os 22 anos.
Na morte de Aurélio Palha são agora sete os suspeitos: Bruno Pidá, Mauro Santos, Miguel "Palavrinhas", Fernando Martins ("Beckham"), Ângelo Tiné, Fernando "Leitinhos" e Augusto Soares. Miguel "Palavrinhas", que esteve durante algum tempo fugido no estrangeiro, foi detido em Maio do ano passado, mas, nessa altura, acabou por sair em liberdade com a obrigatoriedade de se apresentar semanalmente à polícia.
Agora, o tribunal encontrou mais matéria de prova que implica o arguido ficar detido, tal como Augusto Soares.