Supermercados vão usar sacos grossos isentos de taxa

Novo imposto, de dez cêntimos, sobre os sacos de plástico leves entra em vigor amanhã. Muitas empresas optam por disponibilizar sacos de maior gramagem ou de papel.
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A indústria e os supermercados desenvolveram uma estratégia para poupar o ambiente e "oferecer aos consumidores uma solução para levar as compras para casa" sem pagar a taxa de 8 cêntimos mais IVA (9,84 cêntimos) que amanhã passa a ser aplicada a todos os sacos de plástico leves, vulgo "saco de supermercado". A taxa aplica-se a sacos com espessura inferior a 50 mícrons e tem de ser paga pelo consumidor final, com o objetivo de levá-lo a reutilizar mais e gastar menos sacos.

Algumas das maiores insígnias de supermercado já apresentaram os novos sacos aos consumidores, que surpreendem por serem mais grossos e resistentes. Isentos de taxa.

Ana Isabel Trigo Morais, diretora-geral da Associação Portuguesa das Empresas de Distribuição (APED), garante que a estratégia dos comerciantes não passa por um bloqueio deliberado à taxa "verde" que o governo estima permitir arrecadar 40 milhões de euros adicionais este ano. Até porque "vão continuar a existir sacos de plástico leves, mas serão muito residuais face à utilização intensiva que vinha sendo feita". Terá sido o resultado da "adaptação que a própria indústria produtora de sacos teve de realizar: se vai deixar de ter procura de um tipo de sacos, deixa de os produzir".

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