Supermercados Pingo Doce abrem às 6h30 nos próximos dois fins de semana

Para evitar aglomerados dentro das lojas, os supermercados da Jerónimo Martins pretendem abrir às 6h30. Mercadona não vai mexer nos horários, enquanto as insígnias Continente e Minipreço admitem ajustes em função das necessidades de cada concelho.
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Os supermercados Pingo Doce vão abrir mais cedo nos próximos dois fins de semana para tentar evitar grandes ajuntamentos dentro das lojas. Neste e no próximo fim de semana estará em vigor para os 121 concelhos com maior risco de contágio da pandemia a determinação de recolher obrigatório a partir das 13 horas, determinada pelo governo no âmbito do Estado de Emergência, que entrou em vigor no passado dia 9.

Apesar de os cidadãos, nestes concelhos, poderem deslocar-se às superfícies de retalho alimentar após as 13 horas, a cadeia de supermercados da Jerónimo Martins vai abrir abrir às 6h30 nos próximos dois sábados e domingos, de acordo com o Jornal de Negócios, e fechar portas às 22h.

Fonte oficial da Jerónimo Martins indicou ao Negócios que "dadas as limitações à circulação impostas pelo estado de emergência nos próximos sábado e domingo, e tendo em conta também a possibilidade de haver restrições adicionais à circulação entre concelhos, o Pingo Doce vai abrir a maioria das suas lojas às 6h30m e encerrar às 22h, procurando assim contribuir para evitar a concentração de pessoas nas lojas no período da manhã".

Já a Sonae, dona da cadeia Continente, admite que, "tal como aconteceu na primeira vaga da pandemia", está a "analisar a situação" e irá "ajustar os horários" das lojas a cada concelho, de forma a "maximizar a segurança e o conforto" dos clientes. E acrescenta que, "neste momento já antecipámos o horário de abertura de algumas lojas para as 8h00 e estamos também a estender os horários de encerramento", sem, no entanto, indicar quais os supermercados em que mexeu. Para que o consumidor possa saber, a todo o momento, o horário de funcionamento dos espaços Continente, a insígnia diz que está a garantir que os horários estão disponíveis e sempre atualizados online e no Google Maps".

Contactado pelo Dinheiro Vivo, o grupo Dia, dono do Minipreço e da Clarel, explica que, "durante esta fase", as lojas das duas cadeias "terão horário flexíveis" de abertura e fecho, "adaptados às localidades" onde estão inseridas. "Como insígnia de proximidade, devemos continuar a servir da melhor maneira possível os nossos clientes, adaptando horários em função das especificidades de cada localidade", frisa fonte oficial. Para conhecer quais os supermercados Minipreço com alteração de horários, consulte a informação disponível no site da marca.

Na Mercadona não haverá mexidas nem na abertura nem no encerramento. "Vamos manter o horário de funcionamento habitual (9:00h - 21:30h) por forma a conseguirmos assegurar o normal abastecimento aos portugueses, garantindo sempre a segurança e saúde dos nossos colaboradores e clientes", avançou oficial da marca ao Dinheiro Vivo.

Contactada também, a Auchan está, ainda, "a analisar esta questão", não avançando mais pormenores sobre o tema.

O horário de recolher obrigatório para os próximos dois fins de semana - para os 121 concelhos com maior risco pandémico - tem suscitado muitas críticas de setores como a restauração e hotelaria que, dizem, não compreendem a exceção dada aos supermercados e mercearias.

Esta medida, que tem efeitos sobre quase sete milhões de pessoas em Portugal, não vai ainda assim ser alterada, garantiu esta quarta-feira o primeiro-ministro. "Isto é duro de dizer, mas temos mesmo de evitar esses grandes convívios à hora de almoço e daí a decisão de limitar às 13:00", indicou António Costa.

"Não foi por acaso que escolhemos as 13:00, porque temos precisamente em conta aquilo que todos os inquéritos epidemiológicos nos dizem: 68% das transmissões estão a correr neste momento em momentos de convívio familiar e social", justificou.

Perante os jornalistas, António Costa referiu que os restaurantes poderão funcionar em regime de entregas ao domicílio e adiantou ter "consciência de que a restauração será um dos setores mais atingidos por esta crise".

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