Manifestação de muçulmanos junto à sede de jornal, em Örebro .A Suécia poderá estar a viver uma situação semelhante à que sofreu a Dinamarca em 2005, devido a um novo caso de caricaturas de Maomé. Os governos paquistanês e iraniano protestaram contra a publicação, dia 18, de ums ilustração onde o profeta venerado por todos os muçulmanos surge desenhado com corpo de cão..A imagem surgiu num jornal de Örebro, no centro da Suécia. Ontem, centenas de muçulmanos manifestaram-se em frente à sede da publicação, o Nerikes Allehanda. A direcção do jornal recebeu o líder do protesto, mas recusou pedir desculpa. Em paralelo, juntaram-se na rua defensores da liberdade de expressão. Não houve qualquer incidente. O desenho ilustrava um editorial cuja intenção era criticar galerias de arte suecas que se recusaram a exibir trabalhos polémicos de Lars Vilks, o autor da obra.. O Irão reagiu na segunda-feira, através de um protesto diplomático. O Paquistão respondeu apenas anteontem, comunicando aos representantes suecos que o desenho era "blasfemo" e que "ofendia profundamente os sentimentos religiosos dos muçulmanos". Para os dirigentes paquistaneses, os europeus confundem cada vez mais a "liberdade de expressão com insulto directo e deliberado a 1,3 mil milhões de muçulmanos"..Em Setembro de 2005, a publicação por um diário dinamarquês, Jyllands-Posten, de uma série de caricaturas do profeta Maomé causou forte comoção em todo o mundo islâmico, com tumultos em vários países e ataques a interesses económicos e diplomáticos dinamarqueses. A crise durou semanas e provocou discussões em toda a Europa sobre os limites da liberdade de expressão..O Islão proíbe a representação pictórica do profeta. Neste caso, os muçulmanos podem considerar especialmente insultuoso o facto de Maomé surgir desenhado com corpo de cão, pois esse animal é considerado impuro.