"Sucessão na CNT de banco acaba em agressão"
Ao abrigo da Lei de Imprensa n.º 2/99, de 13 de janeiro, artigo 24.º, n.º 1 e 2, o DN recebeu de João Pascoal resposta ao artigo intitulado "Sucessão na comissão de trabalhadores de banco acaba em agressão", publicado a 08 de novembro de 2021, que aqui reproduzimos:
"Como nota prévia expresso a minha indignação pois não fui ouvido pelo DN sobre as informações contidas no artigo publicado. Informações falsas e caluniosas que prejudicam gravemente o meu bom nome e conduta em dezenas de anos de representação de bancários. O artigo, refere repetidas vezes a palavra "agressão" que teria sido praticada por mim o que é falso. Não existiu, nem a tentativa, nem a agressão que se refere.
O artigo inicia com a seguinte afirmação: "Acabou em agressão a reunião de dia 27 de outubro, para substituir os dirigentes da comissão de trabalhadores (CT) do Santander (...)" e mais abaixo o artigo afirma "(...) numa reunião que acabou com Pascoal a tentar agredir o seu sucessor" Estas afirmações são falsas.
Primeiro, em relação a mim, João Pascoal, é um facto provado que não estive presente nessa reunião de dia 27 de outubro, logo não poderia acabar com Pascoal a tentar agredir alguém. A reunião realizou-se no Edifício Centro Santander Totta, onde desde o despedimento coletivo, a Administração proibiu a minha entrada. Impedimento que repetiu, dia 27 de outubro, facto registado pela PSP.
Ao que apurei, na reunião não existiram agressões entre membros da CNT e na Ordem de Trabalhos não consta eleição de novos "dirigentes" da comissão de trabalhadores. Esta notícia retransmite calúnias a meu respeito, surge num momento em que muitos trabalhadores requerem a minha intervenção na contestação ao despedimento coletivo. O Banco, e algumas estruturas sindicais, atuam para enfraquecer a resposta destes trabalhadores.
Este ano foi difícil para os trabalhadores. A Administração do Banco desencadeou uma forte ação para despedir, por rescisão, mais de 1200 trabalhadores e termina com o despedimento coletivo de 130, num banco que lucrou centenas de milhões de euros. Foi ano de luta dos trabalhadores, com reuniões, concentrações e manifestações dirigidas pela CNT e por mim na qualidade de Coordenador. Infelizmente a falta de ação dos sindicatos deixou isolada esta luta que dirigi, e apesar de algumas concessões (reformas para centenas de trabalhadores) o banco seguiu com o propósito de fazer as rescisões e o atual despedimento coletivo.
A pressão do Banco sobre a Comissão de Trabalhadores motivou, em julho, queixa-crime contra a administração do Banco. A pressão continuou para despedir um membro da comissão. Lamentavelmente, nem todos os membros da CNT resistiram à pressão do banco e houve quem cedesse "trocar" não ser despedido por capitular, desarticulando a maioria que me tinha eleito como coordenador e que tinha conduzido a contestação aos despedimentos.
Em 26 de novembro de 2020, fui eleito para quatro anos por 1266 trabalhadores, tendo ganho as eleições. Em relação ao exercício do mandato da Comissão de Trabalhadores, só uma Reunião Geral de Trabalhadores pode decidir. Não compete a outros membros da CNT e muito menos à entidade patronal, o BST, excluir membros eleitos da CNT. As comissões de trabalhadores são órgãos de representação dos trabalhadores, independentes de sindicatos e de entidades patronais."
João Pascoal