Em causa, "contentor metálico" para armazenar géneros junto à escola.A subdelegada de Saúde de Silves admite "interditar o fornecimento de comida" à Escola EB1 n.º 2 de Armação de Pêra, Silves, por uma empresa privada. O alerta para a falta de qualidade das refeições foi dado pelos pais dos alunos, que vão reunir-se no dia 7 de Fevereiro, com a empresa fornecedora, Câmara Municipal, responsáveis escolares e delegado de Saúde, a fim de "esclarecer o que se passa e tomar medidas". .Em causa "poderão estar as condições de transporte desde Lisboa, onde os alimentos são confeccionados por uma empresa de catering certificada, bem como o armazenamento dos géneros num contentor metálico" junto ao estabelecimento de ensino, disse ao DN Paulo Vieira, presidente da associação de pais. Muitos dos 215 alunos que ali almoçam diariamente queixam-se de que a "comida não tem sabor e na maioria das vezes está fria". Por isso, passaram a levar de casa a própria refeição. .Lisete Romão, subdelegada de Saúde de Silves, disse ao DN "desconhecer" o facto de as refeições serem armazenadas num contentor. "É perfeitamente aberrante essa situação. Vamos inspeccionar esse equipamento e tomar medidas", adiantou..A situação assumiu maior gravidade na passada quinta-feira quando uma funcionária da empresa Eurest, que fornece a escola ao abrigo de um protocolo com a autarquia, ao aquecer pescada com molho branco detectou que "esta não apresentava um aspecto normal". Por isso, foi servido atum com feijão como ementa de emergência. "Neste momento, os pais deixaram de ter confiança na alimentação. Isto nada tem a ver com a escola", sublinhou Paulo Vieira. .A escola descarta qualquer responsabilidade no assunto e endossa-o à autarquia. Esta considera que a empresa está a agir correctamente.. A directora da Qualidade da Eurest Portugal, Lda., Beatriz Oliveira, garantiu ao DN que "não há razões para alarmismos", tendo justificado o problema ocorrido na última semana com "pouco tempero" na comida. "Para as escolas, procuramos aplicar poucos temperos nas refeições, com pouco sal e poucos condimentos no sentido de proporcionar uma alimentação o mais saudável possível", observou aquela responsável. .Beatriz Oliveira confirmou ainda que vai reunir-se com os pais dos alunos após as férias de Carnaval, a fim de esclarecer os procedimentos na confecção das refeições. O contentor frigorífico no qual a comida é armazenada tem "temperatura controlada, água potável e todos os procedimentos na confecção e conservação das refeições são absolutamente normais", frisou.