Sócrates:O que está já adjudicado deve prosseguir

O primeiro ministro José Sócrates disse hoje em Paris que os grandes investimentos públicos que já estão adjudicados devem prosseguir, admitindo apenas rever aqueles cujos concursos ainda estão em aberto.
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Sócrates, que falava numa conferência de imprensa conjunta com o chefe de governo francês, François Fillon, sustentou que as responsabilidades para o Estado de cancelar contratos seriam superiores aos de os prosseguir e afirmou que é "ridículo" pensar que os ataques de especuladores a Portugal se devem aos grandes investimentos públicos.

No mesmo dia em que o líder do PSD, Pedro Passos Coelho, se pronunciou em Bruxelas pelo adiamento das grandes obras públicas, como a alta velocidade ferroviária (TGV) e o novo aeroporto, José Sócrates disse que "o governo já decidiu que os investimentos públicos que não estão contratados, aqueles investimentos públicos que ainda não têm adjudicação" poderão ser revistos, como sucedeu com as auto-estradas do centro, mas não mais do que esses.

"O governo, como já fez, está a olhar para todos os concursos que ainda estão a decorrer com o objectivo de os analisar um a um. Não estamos fechados a nada. Agora, o que está já adjudicado é para prosseguir e espero que todos entendam isso", declarou.

Sócrates disse não perceber que alguém peça ao Governo "que ponha em causa adjudicações que já fez, pela simples razão que isso seria pior, porque as responsabilidades para o Estado seriam superiores àquelas que advêm de conduzir esses investimentos".

"Com franqueza, considero um pouco ridícula a ideia que tudo o que está a acontecer na especulação financeira contra Portugal, contra Espanha e contra outros países e contra a Europa se deve aos investimentos que o nosso país está a fazer", concluiu.

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