"Tentaram durante quase um ano que o governo falhasse e pedisse ajuda externa, mas afinal o Governo teve sucesso", com "uma solução [PEC4] com o apoio da Comissão Europeia e do BCE, para que resolvêssemos sozinhos os nossos problemas", disse Sócrates, concluindo que perante o que chamou de "solução", a oposição "abriu uma crise política para com ela chamarem o FMI e a ajuda externa"..Num almoço em Amarante, com mais de um milhar de presentes, o líder socialista deixou claro que, por ele, não haverá nem mais uma linha para lá do programa da troika - acusando o PSD de querer mais sacrifícios dos portugueses "em nome de um radicalismo ideológico". .Citando a entrevista de Passos Coelho ao Expresso, hoje, ("trechos deliciosos"), Sócrates atirou: "Caiu a máscara ao PSD, provocaram a crise não só por ganância de poder, mas para chamar o FMI para mais facilmente aplicarem o seu programa de radicalismo ideológico.".Ao contrário, disse o líder do PS, "o que precisamos agora é de cumprir com responsabilidade e firmeza o programa da troika, mas não podemos ir mais além apenas para o deleite pessoal de radicalismo ideológico. Eu sei bem onde querem ir mais, querem privatizar a CGD pondo em causa a segurança e a fortaleza do sistema financeiro. Também a RTP - para quê? -, as Águas de Portugal - mas porquê?". E até para "financiar os privados na área da saúde.".Depois, viria o momento para mobilizar os socialistas. Falou do seu "enorme orgulho no PS", disse nunca ter duvidado "que o PS se mobilizaria como se mobilizou, para poder afirmar uma semana antes das eleições que estamos aqui para ganhar as próximas eleições". E ainda disse, apontando à oposição: "Vão ter uma surpresa."