Sócrates pediu dois créditos à CGD no ano da reeleição

O antigo primeiro-ministro entregou a última declaração de rendimentos no TC a 20 de junho de 2011.
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Nos anos em que foi primeiro-ministro, entre 2005 e 2011, a relação de José Sócrates com a banca resume-se a três operações: um crédito à habitação (contraído em 1998) e dois créditos pessoais no ano em que foi reeleito (2009). São estas as operações que constam nas declarações de rendimentos entregues pelo antigo primeiro-ministro ao Tribunal Constitucional (TC).

Em 1998, José Sócrates contraiu um empréstimo habitação junto da Caixa Geral de Depósitos (CGD) no valor de 15 mil contos (cerca de 75 mil euros), que terão sido utilizados para a compra do apartamento que detém na Rua Braamcamp, em Lisboa. O empréstimo, com a duração de 12 anos, constou de todas as declarações de rendimentos entregues ao longo dos anos de governo até ser totalmente liquidado na data prevista, em 2010.

Além desta operação bancária, José Sócrates pediu ainda dois créditos pessoais, que apenas aparecem referidos na declaração entregue a 26 de novembro de 2009, ambos à CGD.

O primeiro "débito", no valor de 30 150 euros, foi "constituído em maio de 2009 para crédito pessoal com duração de um ano". Nesse mesmo ano, em setembro, José Sócrates é reeleito primeiro-ministro, numas eleições legislativas em que enfrenta Manuela Ferreira Leite (a candidata do PSD). Dois meses após as eleições, José Sócrates volta a pedir outro "crédito pessoal com a duração de um ano", no valor de 15 075 euros.

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