Só Vukcevic descobriu a maneira de Liedson resolver o dérbi

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João Moutinho falhou uma grande penalidade em momento crucial

Foi um Sporting desesperado por um golo aquele que acabou o jogo com o Belenenses. Jogava contra dez desde os 51', por expulsão do guarda-redes azul, Costinha; já tinha falhado uma grande penalidade, por João Moutinho; e dispunha-se em campo numa táctica quase suicida, com um só defesa central (Polga) ladeado por dois laterais ofensivos (Abel e Ronny), sem médio-trinco (era Moutinho quem estava ali), dois extremos claros (Yannick e Vukcevic) e três pontas-de-lança (Liedson, Derlei e Purovic). E foi mesmo pela força dos números que os leões chegaram ao golo que lhes permite manterem-se a três pontos dos líderes: a 10' do fim, Vukcevic ganhou espaço para cruzar e Liedson fez valer a superioridade numérica na área com um cabeceamento desferido sem tirar os pés do chão mas indefensável para Marco.

Os três pontos acabam por assentar bem ao Sporting, que durante a primeira parte foi intercalando um futebol excessivamente obcecado com a segurança com algumas triangulações em velocidade, única altura em que criava situações de perigo e metia alguém nas costas da defesa azul. Bem organizado em 4x4x1x1, o Belenenses vivia sobretudo da estatura dos seus centrais e da actividade de Ruben Amorim, que se soltava na direita e teve a melhor situação da sua equipa, chutando de fora da área ao poste (aos 44's;). Até aí, Ronny (aos 7's;) e Izmailov (32's;) já tinham obrigado Costinha a duas boas defesas, enquanto Derlei vira um cabeceamento passar pouco ao lado (aos 16's;).

A segunda parte começou com um Belenenses atrevido, mas num dos lances em que procurou a tal triangulação central, o Sporting colocou Liedson na cara de Costinha. O guarda-redes saiu com demasiada contundência e tocou com a mão no ombro do atacante, causando um penalti e a consequente expulsão. Moutinho, no entanto, chutou denunciado, permitindo a defesa a um ainda frio Marco. A partir daí, contra 10, o Sporting acelerou e passou a jogar sempre no meio-campo ofensivo. Até que, ao 13º remate, marcou mesmo, por Liedson. Jesus resolveu ir então à procura do empate, mas quem esteve mais perto de marcar até foi Yannick que, isolado por Liedson, falhou o 2-0 por milímetros (83's;). A mais longa invencibilidade do futebol português não pára de crescer: há 49 jogos (e 53 anos) que o Belenenses não ganha em Alvalade.

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