Açores: reforçados meios aéreos e marítimos para eventuais retiradas

Luís Silveira prepara a ilha com planos de evacuação para as zonas mais seguras, afirmando que irá ser realizada uma triagem das pessoas para alojar, realojar e levar para fora da ilha, caso necessário.
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O presidente da Câmara Municipal das Velas, em São Jorge, revelou esta quarta-feira que foram mobilizados mais meios aéreos para a eventualidade de serem necessários devido à crise sísmica na ilha, além de um navio.

Em conferência de imprensa realizada, Luís Silveira referiu que estão "mais um helicóptero e um avião estacionados na Base das Lajes", além do "navio que está a chegar à ilha de São Jorge".

O concelho da Calheta conta também com a preparação de um campo militar, para o caso de ser necessário.

O autarca afirma que já se encontra a ser preparado o local onde vão estacionar as forças militares, adiantando que o mesmo ficará "dotado das condições necessárias, tais como água e energia, numa coordenação dos serviços municipais da Câmara Municipal da Calheta".

"O plano que está definido é que as pessoas sejam colocadas todas na zona da Relvinha, Ribeira Seca, sendo que o centro de Saúde da Calheta será o de referência", declarou Luís Silveira.

O presidente da Câmara Municipal das Velas adiantou também que será na Calheta que "vai ser feita a triagem das pessoas a alojar, a realojar e, eventualmente, a levar para fora da ilha, se chegar a esta dimensão".

Silveira identifica a zona entre as Velas e os Terreiros a "área mais crítica", zona esta onde residem três mil pessoas, sendo que o concelho tem cinco mil habitantes.

O Presidente afirmou que a evacuação irá ser realizada pelas redes sociais dos serviços municipais de Proteção Civil, pela rádio local e, no caso de falta de comunicação, com o replicar dos sinos nas freguesias.

"A parte norte será menos ou não será afetada, sendo o corredor privilegiado para as pessoas serem deslocadas para o concelho da Calheta", referiu o autarca.

"Desde as 22:00 do dia 22 de março até às 10:00 [hora local] de dia 23 de março foram sentidos 20 sismos", lê-se no comunicado sismológico do Serviço Regional de Proteção Civil e Bombeiros dos Açores.

Segundo a informação disponibilizada, estes eventos tiveram magnitude que variou entre 1,6 e 2,7 na escala de Richter e foram sentidos com a intensidade máxima de III/IV (Escala de Mercalli Modificada).

"Estamos a cuidar deste problema em permanência com os melhores técnicos para, no caso de ser necessário, termos a resposta preparada para intervir. Esta resposta tem uma natureza ao nível de necessidade de evacuações e de cuidados de saúde e tudo isto está a ser preparado para, na nossa esperança, não ser necessário", afirmou o titular da pasta da Saúde nos Açores, Clélio Meneses, numa conferência de imprensa, em Angra do Heroísmo, na Terceira.

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