As declarações do ministro dos Negócios Estrangeiros da Síria surgem numa altura em que uma ofensiva das forças governamentais contra a província de Idleb (noroeste), o último bastião da fação insurgente, parece iminente. ."Quer haja ou não uma agressão tripartida, isso não irá influenciar a nossa determinação de libertar todo o território sírio", declarou Walid Mouallem, numa conferência de imprensa após um encontro com o seu homólogo russo, Serguei Lavrov..A posição do ministro sírio foi divulgada depois de os Estados Unidos, França e Reino Unido terem advertido na semana passada o Presidente sírio, Bashar al-Assad, de que não iriam deixar impune qualquer utilização de armas químicas por parte do regime de Damasco durante uma eventual ofensiva na província de Idleb..A província de Idleb é a última região síria que não é controlada pelas forças governamentais. Cerca de 60% da zona é controlada pelo grupo Hayat Tahrir al-Sham (HTS, formado por membros de um antigo ramo da Al-Qaida), sendo que o restante território é ocupado por diversos grupos rebeldes..Uma ofensiva do regime nesta região, que faz fronteira com a Turquia, parece iminente, mas também depende de um acordo entre Moscovo, um forte aliado de Damasco, e Ancara, tradicional patrocinador dos rebeldes..Na quarta-feira, o chefe da diplomacia russa, Serguei Lavrov, declarou esperar que os países ocidentais não "entravem a operação antiterrorista" em Idleb.."Espero que os nossos parceiros ocidentais não apoiem provocações, não entravem a operação antiterrorista" em Idleb, declarou numa conferência de imprensa com o seu homólogo saudita, Adel al-Jubeir..Os 'media' russos divulgaram que a Rússia reforçou nos últimos dias a sua presença militar ao largo da Síria por temer ataques dos ocidentais contra as forças governamentais após uma "provocação" dos rebeldes..O futuro da província de Idleb suscita preocupação aos ocidentais que, na terça-feira, alertaram contra as "consequências catastróficas" de uma ofensiva militar, numa reunião na ONU dedicada à situação humanitária na Síria..Mais de 350.000 pessoas morreram e milhões foram obrigadas a deixar as suas casas desde o início da guerra civil da Síria em 2011.