Sinfónica Portuguesa toca Rihm e Bruckner

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O mini-ciclo que o Teatro Nacional de São Carlos e o CCB vêm dedicando ao compositor contemporâneo alemão Wolfgang Rihm tem esta noite (21.00) o seu término, com um concerto em que a Orquestra Sinfónica Portuguesa, dirigida por Emilio Pomàrico, vai tocar a obra IN-SCHRIFT (datada de 1995 e estreada em Veneza), de Rihm, obra a que se seguirá a Sinfonia n.º 7, em mi M (de 1883), de Anton Bruckner (1824-1896), celebrizada no filme Sentimento, de Visconti.

Este ciclo, "baseado" todo ele no CCB, iniciou-se no passado dia 10, também com um concerto sinfónico e prosseguiu ontem com um recital de Lied por Johann Werner Prein, com João Paulo Santos. A ideia para esta iniciativa partiu de António Pinho Vargas aquando da sua efémera passagem pelo CCB, como assessor para a música.

Nascido em 1952, em Karlsruhe, Wolfgang Rihm é um dos mais significativos compositores da actualidade. Pugnou sempre pela liberdade do artista em relação a qualisquer orientações estéticas normativas e a sua obra, pela vastidão, riqueza e diversidade que oferece, é disso o melhor exemplo. Há três anos, o seu 50.º aniversário foi asinalado um pouco por toda a Europa com ciclos, festivais e estreias. No seu longo catálogo, destacam-se as obras de teatro musical Hamletmaschine, Oedipus e Die Eroberung von Mexiko, o bailado Tutuguri e as óperas de câmara Jakob Lenz e Faust und Yorick.

Wolfgang Rihm lecciona em Darmstadt desde 1978 e na Escola Superior de Música de Karlsruhe desde 1985. Dentre os inúmeros prémios que recebeu, um dos últimos foi o Siemens (2003), galardão de grande prestígio internacional.

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