Siamesas unidas pelo abdómen separadas com sucesso

As gémeas siamesas salvadorenhas que nasceram há mais de uma semana unidas pelo abdómen e que partilhavam o fígado foram separadas no hospital pediátrico Benjamín Bloom, em São Salvador, indicaram hoje fontes médicas.
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A operação de separação das siamesas realizou-se na segunda-feira, confirmou hoje à agência de notícias espanhola, EFE, uma fonte daquele hospital estatal, sem fornecer mais pormenores.

O médico que liderou a equipa cirúrgica, Ulises Iraheta, afirmou que "a cirurgia foi satisfatória", segundo publicou hoje o jornal El Diario de Hoy.

As bebés estão a recuperar na unidade de cuidados intensivos neonatais do Hospital Bloom, onde permanecerão "até se ver como reagem", acrescentou Iraheta.

De acordo com o diário salvadorenho, Iraheta adiantou que uma das gémeas poderá ser submetida a uma nova operação, porque não tem o sistema biliar bem desenvolvido, ao passo que o da outra é normal.

As meninas nasceram a 18 de maio no Hospital Francisco Menéndez, em Ahuachapán, no departamento com o mesmo nome, fronteiriço com a Guatemala, e no dia seguinte foram transferidas para o Benjamín Bloom.

Nasceram às 34 semanas de gestação e ambas pesavam pouco mais de três quilos, segundo disse à imprensa o chefe de Epidemiologia do Hospital Benjamín Bloom, Carlos Mena, na semana passada.

As autoridades sanitárias não forneceram pormenores sobre os pais das gémeas.

Este é o quinto caso de siamesas registado em El Salvador desde 2010.

A 18 de junho de 2013, nasceram outras duas meninas unidas pelo abdómen e que partilhavam o fígado, tendo sido separadas no dia 30 do mesmo mês.

Em 2012, nasceram duas meninas unidas pelo tórax, que partilhavam parcialmente o coração e morreram quase um mês depois.

Em setembro de 2010 e janeiro de 2011, houve mais dois casos de siamesas também unidas pelo tórax e que morreram também alguns dias depois de terem nascido.

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