Sérgio fez bomba falsa para ser herói em Inglaterra. Levou 2 anos de prisão
O emigrante português de 46 anos trabalhava no setor de limpezas do centro comercial Oracle em Reading, Inglaterra, quando em junho passado resolveu colocar um falso engenho explosivo nas casas de banho do espaço. A "bomba" era composta por baterias de um carro de brinquedo, a que juntou fios e um pó branco. Era a brincar, admitiu Sérgio Costa. O objetivo era ser ele a descobrir o engenho e assim ser considerado o herói. O emigrante tem antecedentes de problemas psiquiátricos mas foi esta semana condenado a dois anos de prisão por um tribunal inglês.
E foi de facto Sérgio Costa quem alertou a segurança do edifício que estava uma bomba depositada nas casas de banho. De imediato, o centro comercial foi encerrado, a unidade de explosivos da polícia inglesa chamada e foi estabelecido um cordão de segurança de 100 metros nas ruas em redor. O centro esteve fechado mais de oito horas. A administração disse ter perdido mais de 400 mil euros em receitas como resultado do encerramento por mais de oito horas, conta a BBC.
Em tribunal o português disse que apenas pretendia mostrar ser capaz de "salvar o dia" aos patrões. Confessou ter plantado o "dispositivo", fabricado com o recurso a objetos que tinha encontrado, incluindo baterias removidas de um carro de brinquedo, e um "pó branco" que se verificou ser de detergente.
O emigrante, que trabalhava como funcionário de limpeza no Oracle, alertou a equipa de segurança alegando que tinha encontrado um dispositivo suspeito nas casas de banho, ficou provado em tribunal. A juíza Angela Morris considerou que as suas ações "foram cuidadosamente orquestradas". "Você devia ter percebido que causaria grande medo" aos colegas e ao público, disse a magistrada.
.O advogado de defesa, John Simmons, ainda alegou que Sérgio Costa sofreu "o que descreveríamos como um colapso mental". Fez a bomba falsa como uma "tentativa patética" de tentar ser um "herói" e está arrependido de suas ações, acrescentou o advogado. Além disso, um relatório médico apresentado em tribunal apontou que Costa sofre de doença mental e que já tinha desmaiado duas vezes como resultado do stress no trabalho.
Nada disto convenceu o tribunal que aplicou mesmo uma pena de prisão de dois anos e ainda o condenou a pagar 200 euros de custas judiciais.