O caso Moderna não foi apenas o primeiro grande escândalo das universidades privadas. Envolveu figuras públicas e levou à demissão de um director da PJ, Fernando Negrão. Dos 13 arguidos, foram condenados sete e só José Braga Gonçalves cumpriu pena de prisão, 12 anos, posteriormente reduzidos para sete anos e meio. Está em liberdade condicional desde Outubro de 2005..A Universidade Moderna vive, agora, com a corda ao pescoço, sendo obrigada a vender imóveis. Isto, depois de parecer nadar em dinheiro, em 1997. Tinha dez mil alunos, espalhados pelos pólos de Lisboa, Porto, Setúbal e Beja, facturava cerca de 800 mil euros por ano, possuía património imobiliário. A partilha de um bolo tão grande originou conflitos entre os sócios que fundaram a Dinensino, sociedade gestora da universidade. Começaram as acusações, descobriram-se as verdades. .O processo saltou para as páginas dos jornais, num corrupio de informação e contra-informação, que levou à demissão de Fernando Negrão, em 1999, acusado de ter divulgado dados da investigação, o que lhe valeu um inquérito interno..O Serviço de Informação e Segurança (SIS) abriu uma investigação e concluiu que a Dinensino tinha negócios que ultrapassavam o âmbito do ensino. Falou-se em tráfico de armas e de droga, de prostituição e de ligações à maçonaria. Foi instaurado um megaprocesso envolvendo várias figuras públicas, nomeadamente Paulo Portas e Sousa Lara.. A sentença foi ditada quatro anos depois, a 27 de Novembro de 2003. Dos 13 arguidos, foram condenados sete, por gestão danosa, falsificação de documentos e corrupção activa. Só José Braga Gonçalves se manteve na prisão após a sentença. Pedro Garcia Rosado apanhou três anos, mas saiu porque estava em prisão preventiva desde 2001. |