Sempre que a Marcha Real de Espanha toca, a família Andrés fatura

Estado pagou 130 milhões de pesetas aos herdeiros do compositor pelos direitos. Mas até 2036 ainda recebem 5% dos lucros.
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Cada vez que o hino nacional espanhol é reproduzido, seja numa cerimónia oficial com os reis, num estádio de futebol, na televisão ou como toque de telemóvel, 5% da verba referente aos direitos de exploração vai para seis elementos da família Andrés. Em 1997, o Estado pagou 130 milhões de pesetas (cerca de 780 mil euros) a esta família pela titularidade da Marcha Real, mas no acordo ficou estabelecido que até a obra entrar no domínio público continuam a receber 5%. Desengane-se quem pensa que se trata de uma fortuna.

Esta história começa com Bartolomé Pérez Casas, que em 1908 foi convidado pelo rei Afonso XIII a fazer uma harmonização da Marcha Real. O compositor registou a obra como sua em 1931 e, quando em 1942, os seus arranjos foram considerados a versão oficial do hino nacional espanhol, começou a receber os respetivos direitos de autor.

À morte de Casas, em 1956, seguiu-se pouco depois a de sua mulher, María Angeles Casteli. Como os dois não tinham filhos, o compositor já havia decidido quem herdaria o seu bem mais precioso: a Marcha Real, pois claro.

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