Selecionador espanhol pede desculpa por aplausos a Rubiales

Luis de la Fuente confirmou que não se demite, mas desculpou-se por ter aplaudido o discurso do presidente da Federação espanhola de futebol.
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O selecionador espanhol Luis de la Fuente pediu esta sexta-feira desculpa por ter aplaudido na semana passada o discurso do presidente da Real Federação Espanhola de Futebol, no qual Luis Rubiales disse que não se demitiria na sequência do beijo dado à jogadora Jenni Hermoso na comemoração da conquista do campeonato do mundo de futebol feminino.

"As críticas que recebi são totalmente justas. Lamento o que disse, peço perdão por isso", disse, citado pelo jornal El Mundo. "Os que me conhecem sabem que estes gestos não representam os meus valores nem a minha forma de estar na vida. Sempre estive do lado da igualdade e do máximo respeito", acrescentou. O técnico explicou que esteve presente na cerimónia em que Luis Rubiales fez o tal discurso julgando que seria uma despedida. "Acabou por ser o contrário", comentou, dizendo que a situação iriginou stress emocional e surpreendeu toda a gente. "Cheguei a pensar que seria uma demissão e ficámos em choque quando vimos que não era isso".

Luis de la Fuente, em conferência de imprensa para apresentar a lista de convocados, também confirmou que não se demite do cargo de selecionador. "Não tenho de me demitir, tenho de pedir perdão", disse. "Não soube estar à altura e não soube controlar as emoções. Agora, quando me vejo nas imagens não me reconheço", lamentou.

"A minha opinião não é muito diferente daquela que é a opinião pública. Eu acho que cargos públicos são importantes e têm responsabilidades importantes. Precisamos de uma conduta exemplar e isso não aconteceu. É importante que o futebol tenha condutas exemplares, é uma responsabilidade dos cargos públicos. Há que dar o exemplo", manifestou o técnico espanhol.

Sobre a candidatura ibero-marroquina à organização do Mundial2030 e se o caso Rubiales poderá ter uma influência negativa, o selecionador de Portugal rejeitou essa ideia.

"Acho que a candidatura ibérica é um processo que tem sido trabalhado, são muitas horas de trabalho, uma candidatura que está acima de qualquer pessoa. Não é um momento que uma pessoa pode dificultar. Este momento é muito forte e esperamos que possamos ter sucesso", expressou.

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