Seis Hyundai Tucson por todos os caminhos do Atlântico até ao Índico
Foi um teste invulgar seis carros em África, uma viagem do Atlântico até ao índico, da Namíbia a Moçambique, mais quatro países pelo meio, Botswana, Zâmbia, África do Sul e Suazilândia. E foi isso que a Hyundai propôs a um grupo de jornalistas e clientes que, ao longo de dias de rodagem, cumpriram 6200 quilómetros em seis Tucson 2.0 CRDi 4x4, o mais pequeno SUV compacto da marca coreana.
Para enfrentar o percurso, os seis carros, integrados numa caravana que contou também com três Hyundai Terracan - o todo-o-terreno puro e duro da Hyundai - investidos na função de veículos de apoio, foram alvo de ligeiras modificações rede nos faróis, protecções metálicas para cártere e transmissão, suspensão elevada quatro centímetros, pneus General Grabber AT2 e uma "mexida" no software do motor que permitiu elevar a potência dos 112 para cerca de 130 cv.
As alterações visaram emprestar mais capacidades no fora-de-estrada aos Tucson que, mesmo na versão de quatro rodas motrizes, não podem considerar-se verdadeiros todo-o-terreno, como aliás acontece com qualquer outro SUV.
Não surpreende dizer que, sobretudo as protecções e o aumento da distância ao solo provaram a sua eficácia, quando se olhou às marcas deixadas por algumas passagens mais "animadas" ao longo dos cerca de quatro mil quilómetros cumpridos em pisos de terra, areia ou lama.
Fora isso, tiveram vida facilitada os mecânicos da caravana além da verificação diária dos níveis dos fluidos, mais não foi preciso do que trocar por três vezes os filtros de ar e uma vez o filtro de habitáculo (ar condicionado). O óleo fez toda a viagem e os furos, apesar dos obstáculos vencidos e de alguns pisos menos moralizadores, foram apenas dois.
Para quem guiou mais de três mil quilómetros e "pegou" num carro que já tinha cumprido outros tantos, por acaso em situação mais exigente, pois a ligação entre Cape Cross, na Namíbia, e Livingstone, na Zâmbia, contemplou a maioria das passagens em piso de terra, supreendeu a ausência daqueles ruídos a que vulgarmente se chama parasitas e que denotam menos qualidade de construção. Do mais, recorda-se a generosidade do motor e o nível de conforto a merecer nota acima da média.
Sujeitos a temperaturas que foram dos 13 aos 45 graus, rolando desde o nível do mar até aos 2000 mil metros, com 300 quilos de carga e o ar condicionado quase sempre em utilização máxima, o consumo global dos seis Tucson foi de 9,3 litros aos 100, um valor perfeitamente aceitável.