Músico, líder de culto, assassino. Cinco factos sobre Charles Manson

Fez uma música para os Beach Boys e inspirou-se em livros de autoajuda para convencer os seguidores da sua seita
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Queria ser uma estrela rock e estava fascinado com a fama, mas acabou por ganhar notoriedade como um dos mais horríveis assassinos do mundo, depois de um massacre que ficou inscrito na memória coletiva dos norte-americanos e até do resto do mundo, pela morte da atriz Sharon Tate e pela selvajaria. Aqui ficam cinco factos menos conhecidos sobre Charles Manson, líder do culto e assassino que morreu este domingo aos 83 anos.

- Os poderes de manipulação que Charles Manson usou para convencer os seus seguidores foram aperfeiçoados na prisão quando fez uma aula com base em Como Ganhar Amigos e Influenciar Pessoas, o livro de 1936 do guru de autoajuda Dale Carnegie, de acordo com a biografia Manson.

- Quando esteve preso no estado de Washington no início dos anos 1960, Manson fez amizade com Alvin "Creepy" Karpis, que tinha sido cúmplice do gangue Barker, famoso nos anos da Depressão. Karpis ensinou Manson a tocar viola e, numa biografia de 1980, descreveu "Little Charlie" como preguiçoso, mas tendo "uma voz agradável e uma personalidade agradável".

- Para lançar a sua carreira musical, Manson tornou-se amigo do baterista da Beach Boys, Dennis Wilson, e do produtor Terry Melcher. Mais tarde ficou chateado com Melcher, que era o filho da atriz Doris Day, por não ter gravado um álbum com ele. O primeiro massacre da seita de Manson ocorreu na casa onde Melcher havia vivido.

- Antes dos assassinatos, os Beach Boys gravaram uma música que Manson escreveu intitulada "Never Learn Not to Love". Mais tarde, os Guns n 'Roses gravaram a sua "Look at Your Game Girl" e Marilyn Manson, cujo nome artístico foi parcialmente inspirado pelo assassino, usou letras do "Mechanical Man" de Manson na canção "My Monkey". Trent Reznor, vocalista da banda Nine Inch Nails, viveu na casa onde ocorreram os assassinatos de Sharon Tate e outros.

- Manson foi tudo menos um prisioneiro modelo após ser condenado pelos assassinatos de Tate-LaBianca. Estave envolvido em lutas frequentes, incendiou o colchão, foi castigado por possuir armas e vender drogas aos presos e recusou-se muitas vezes a participar em programas de reabilitação ou avaliação psiquiátrica. Sofreu queimaduras graves em 1984, quando um preso lhe deitou fogo.

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