Seguro pede suspensão da prova dos professores

O secretário-geral do Partido Socialista (PS), António José Seguro, pediu hoje na Azambuja a suspensão das provas dos professores por considerar que "são injustas e sem sentido".
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"É óbvio que este Governo não tem a educação como prioridade e, se repararem, em setembro, houve dezenas de milhares de professores que foram para o desemprego e, portanto, esta prova não é uma prova que vem incentivar os professores a continuar na profissão, mas visa retirar os professores da sua profissão. Que haja bom senso do Governo e que pare", afirmou o socialista aos jornalistas.

Para António José Seguro, que disse ser a favor da avaliação dos professores, "deve haver condições de acesso à profissão", além das habilitações académicas, mas defendeu que "não faz sentido" haver provas para professores já a lecionar.

"Qual é a justiça para um professor que leciona há cinco anos e é dispensado de um outro que está a lecionar há quatro anos e meio e é obrigado",questionou, colocando de seguida uma outra questão: "Se é um professor que está a lecionar há dois, três ou quatro anos porque é que precisa de fazer prova para continuar a lecionar?".

Em Azambuja, o líder socialista reuniu com o presidente da câmara e visitou uma creche, para conhecer a realidade social do concelho. "Estamos numa creche onde os pais de cerca de 30% das crianças deixaram de ter condições para pagar na íntegra ou parcialmente a mensalidade e se não fosse a câmara estas crianças não estavam a ser acolhidas".

O exemplo serviu para António José Seguro alertar para o "flagelo muito grande" em que vive o país, em que "graças à estratégia de empobrecimento do Governo, aumentam as desigualdades, a pobreza e a exclusão".

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