Segurança Nacional: fim de temporada "emotivo e potente"
Passaram-se quatro anos desde que a série criada por Alex Gansa e Howard Gordon chegou ao pequeno ecrã. Segurança Nacional, cuja ação gira em torno de temas como terrorismo, segurança interna, conflitos no Médio Oriente e a fabilidade dos serviços secretos e da diplomacia norte-americana, está para a segunda década do século XXI como 24 esteve para a primeira. Séries que acompanham, por vezes com realismo assustador, os desenvolvimentos do mundo real.
Nesta quinta temporada, Carrie (Claire Danes), a problemática agente da CIA que, em temporadas passadas, esteve ora à beira da loucura ora a evitar guerras, já não trabalha para a Agência Central de Inteligência. Está em Berlim, onde dirige o departamento de segurança da Düring Foundation. Mas, como se pôde ver nesta temporada... pode tirar-se a rapariga da CIA mas não se pode tirar a CIA da rapariga.
A noite de Natal é a escolhida para, em Portugal, ser exibido o último episódio desta temporada (na Fox, às 22.15) que, recorde-se, foi emitido nos EUA no domingo. Para os telespectadores que acompanham a par e passo a trama do canal Showtime, há várias perguntas por responder. Sobreviverá Peter Quinn (Rupert Friend) à contaminação por gás sarin? Irá Carrie conseguir deter o terrorista encarregue de abrir manualmente as garrafas de gás tóxico colocadas nos túneis do metro de Berlim? E o que acontecerá a Allison, a agente dupla da CIA e dos serviços secretos russos?
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O último episódio, como relata Lesli Linka Glatter, produtora executiva da série, demorou 12 dias a ser realizado (mais três do que os restantes). "Complicado, emotivo e ambíguo" são as palavras que Glatter usa, em declarações à Variety, para descrever o desenrolar da trama. O final, desvenda ainda a produtora executiva de Segurança Nacional, é "muito emotivo e potente". "E deixa muitas portas abertas para a próxima temporada".
A partir de metade da temporada, a ação foi-se afunilando na possibilidade de um grupo de militantes do Daesh poder levar a cabo um ataque terrorista com gás sarin no metro de Berlim. E (mais uma vez as coincidências), a equipa de Segurança Nacional encontrava-se precisamente no metro da capital alemã a gravar quando aconteceram os atentados terroristas de Paris, a 13 de novembro. "É um bocado intenso o facto da história que criámos estar a passar-se de alguma forma na vida real. Isso foi extremamente desconcertante", relembra Lesli Linka Glatter.
Segurança Nacional tem sido construída graças ao aconselhamento de vários peritos em assuntos de segurança interna. As questões da privacidade e da proteção das comunicações e dados dos cidadãos também estiveram em foco nesta quinta temporada, com a jornalista norte-americana Laura Sutton a personificar uma espécie de Edward Snowden.
Nas redes sociais e também nas publicações da especialidade, já é possível ler o desfecho da série. Mas, e porque os spoilers são o pior que pode acontecer a um fã, revelamos apenas que , numa das cenas mais importantes do último episódio, Carrie está apreensiva, debruçada sobre a cama de hospital onde Peter luta pela vida. A ex-agente da CIA e o antigo colega viveram, no final da temporada passada, um breve romance, tão surpreendente para Carrie quão secretamente ansiado por Peter.
Haverá esperança para o amor em tempos de guerra ou irá Carrie perder Peter, tal como perdeu Brody no final da terceira temporada? A resposta a esta questão pode ser dada já depois de amanhã ou, talvez, só no início da sexta temporada, já confirmada para o próximo ano.