Segunda temporada de "Shark Tank" mais tecnológica e com mais jovens
O programa dedicado aos empreendedores portugueses vai voltar ao ecrã da estação de Carnaxide no segundo semestre, conforme confirmou à nossa publicação a diretora de produção da SIC, Gabriela Sobral, e as gravações já começaram. Isabel Neves e Marco Galinha estreiam-no no papel de "tubarões" do formato, substituindo Susana Sequeira e Tim Vieira, e juntam-se a João Rafael Koehler, Mário Ferreira e Miguel Ribeiro Ferreira.
Mário Ferreira, líder da Douro Azul, garante que este ano o programa está ainda melhor. "Está com muita tecnologia e com muitos jovens a apresentar ideias", conta o empresário. Miguel Ferreira corrobora da mesma opinião e acrescenta que pela experiência que as pessoas adquiriram na anterior edição, chegam a esta aos bem preparadas. "Os pitchs (apresentações) são melhores, há mais apetrecho, mais decoração, nota-se uma evolução".
Ainda assim na primeira temporada os investidores conseguiram concluir negócios que, por esta altura, já apresentam resultados bastante positivos. "A República da Pequenada, que agora se chama Kids.i, tem uma taxa de ocupação de 100%. Vamos aumentar a escola e fazer réplicas porque não há capacidade para mais. A Marido Aluga-se, para quem precisa de trabalhos em casa, também está a funcionar muito bem", frisa Mário Ferreira, que ainda destaca um outro negócio que também está a correr bem mas que teve que dar a volta aos obstáculos "matrimoniais". "A Origama (marca de toalhas) também é um negócio fantástico. Só teve um problema: os empresários eram casados e agora já não estão. Tive logo que comprar a quota de um deles. Nem tudo é um mar de rosas", revela, entre risos, o investidor do norte.
João Rafael Koehler também destaca os Sock Busters pelos resultados positivos que já conseguiu alcançar. Mas a par dos bons negócios que conseguiram fechar, Mário Ferreira destacou outra componente que lhe deu muita satisfação no primeiro Shark Tank. "Ver que este programa criou 44 postos de trabalhos diretos e fixos nas empresas em que investimos dá muita satisfação, especialmente nesta altura em que a taxa de desemprego é tão alta".
Não revelando qual o montante máximo que estão dispostos a investir, os investidores sublinham que tudo irá depender das ideias apresentadas mas Isabel Neves garante que não será por falta de dinheiro que se irá perder um bom negócio. Na temporada passada, os "tubarões" repetentes contam ter investido à volta de meio milhão de euros, à exceção de Mário Ferreira que investiu quase um milhão. " É engraçado que dois ou três dos melhores negócios que fiz estão relacionados com pessoas que me mandaram mensagem depois do programa a dizer que tiveram vergonha de vir ou que não se inscreveram, mas ainda assim me enviaram a ideia. Depois de reunir, investi mais de três milhões de euros em pessoas que não vieram ao Shark. Biotecnologia, robótica, coisas desse género", concluiu.