Segunda 'sitcom' de maior êxito regressa esta segunda-feira
Leonard, Sheldon, Penny, Howard, Raj. Podiam ser apenas cinco nomes vulgares, mas são eles os protagonistas daquela que já é a segunda sitcom mais vista de sempre nos EUA, apenas atrás de Friends. Caso raro de popularidade e longevidade, A Teoria do Big Bang, em torno de um grupo de amigos cientistas, regressa nesta noite ao pequeno ecrã, na CBS, nos EUA, com a sua nona temporada.
Entre os novos 24 episódios está, à semelhança do que aconteceu já na sétima temporada, um capítulo especial dedicado ao universo de Star Wars, um tópico já por si frequentemente citado nas aventuras deste grupo de "cromos" liderado por Sheldon Cooper (Jim Parsons). De resto, atores que já participaram na saga cinematográfica, como Carrie Fisher e James Earl Jones, já entraram em episódios de A Teoria do Big Bang. "Estamos em reuniões, para ver como vamos inserir a saga como tema num episódio e como ela vai afetar a vida dos nossos protagonistas. Já temos algumas ideias boas", disse há um mês ao site TV Line Steve Molaro o produtor da série criada em 2007 por Chuck Lorre (o mesmo autor da comédia Dois Homens e Meio e também ele o responsável pelo despedimento de Charlie Sheen do projeto, em 2011, por divergências em estúdio).
A nona temporada da sitcom, que entre nós é exibida com alguma diferença de tempo - a RTP2 estreou neste verão a oitava temporada e o AXN White arrancou ontem com a sétima - vai trazer também o casamento de duas das suas principais personagens e um casal de longa data: Leonard e Penny. "Será no primeiro episódio, mas isso é apenas o princípio da história. Pode ser fantástico e engraçado vê-los finalmente a casar, mas essa é apenas uma parte da história", deixou no ar o produtor Steve Molaro.
Vistos por uma média de 21 milhões de espectadores por semana nos EUA - só para ter um termo de comparação, é mais do dobro da audiência de, por exemplo, Uma Família Muito Moderna -, o que têm de tão especial os físicos Leonard e Sheldon, o astrofísico Raj, o engenheiro aeroespacial Howard e, Penny, nos antípodas da postura intelectual dos quatro amigos?
"O elenco é composto por comediantes profissionais. Não existe um elo mais fraco. Na televisão, não se pode escolher um elenco da mesma forma que se faz para um filme. É preciso escolher caras desconhecidas e o que Chuck Lorre sabe fazer bem é selecionar as pessoas certas para determinados papéis", conta o crítico de TV Jaime Weinman ao site Vulture sobre a trama vencedora de sete prémios Emmy.
Tal como Friends, a dinâmica da história desenvolve-se em espaços domésticos circunscritos: os apartamentos de Sheldon e Penny, separados apenas por um corredor. A esmagadora maioria das cenas passa-se na sala de estar do protagonista, o que, de acordo com Peter Mehlman, antigo produtor de Seinfeld, "cria uma ideia de naturalidade. "Situar uma narrativa num apartamento elimina qualquer dúvida que o telespectador possa ter em relação à presença de determinada personagem naquele local. Aquelas pessoas podem estar ali o tempo todo. E é um mecanismo particularmente bom quando se quer que entre alguém no momento errado", explica Mehlman.
O êxito de A Teoria do Big Bang está à vista. Não só a CBS já renovou a sitcom por mais duas temporadas, o que garante a sua presença no pequeno ecrã até pelo menos 2017, como também os protagonistas são dos atores mais bem pagos da indústria. No verão passado, e depois de um intenso período de negociações, que chegou a comprometer o arranque da oitava temporada, Jim Parsons, Kaley Cuoco e Johnny Galecki asseguraram o astronómico salário de 845 mil euros por episódio.