Sasol financia reabilitação de principal estrada moçambicana na província de Inhambane

A companhia sul-africana Sasol vai financiar a reparação de 35 quilómetros da estrada nacional número 1 na província de Inhambane, sul de Moçambique, anunciou a empresa em comunicado distribuído hoje à imprensa.
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Trata-se de um troço que sai de Pambara, no distrito de Vilankulo, para Mangungumete, no distrito de Inhassoro, em Inhambane, onde a empresa explora reservas de gás há quase duas décadas.

"A Sasol mantém-se firme no seu compromisso com Moçambique e compreendemos a contribuição significativa que a Estrada Nacional n.º1 dá à economia e à vida dos moçambicanos", disse o vice-presidente executivo para "upstream" da Sasol, Jon Harris, citado no comunicado, momentos após a assinatura do memorando para o financiamento.

As obras, que se espera que estejam concluídas até meados do próximo ano, estarão na responsabilidade da Administração Nacional de Estradas (ANE).

"A nossa parceria com a ANE é um testemunho dos esforços contínuos em desempenhar o nosso papel e contribuir para o desenvolvimento de Moçambique", acrescentou Jon Harris.

Além de estar a explorar há quase duas décadas as reservas de gás em Pande e Tamane, em Inhambane, a Sasol é uma das três companhias que venceu o quinto concurso internacional para concessão de áreas com hidrocarbonetos em Moçambique, numa lista que integra consórcios liderados pela ENI, ExxonMobil e Deltonex Energy.

Dados disponibilizados pela Sasol indicam que a companhia investiu 33 milhões de dólares em cerca de 150 projetos sociais, programas que beneficiam 500 mil pessoas em três províncias moçambicanas, com destaque para a província de Inhambane.

Em outubro do ano passado, o Centro de Integridade Pública (CIP), organização não-governamental, publicou um estudo que considera que a companhia sul-africana Sasol tornou Moçambique numa "vaca leiteira", contribuindo abaixo das expetativas para os cofres do Estado com o gás que extrai do país.

O estudo, intitulado "Sasol continuará a enriquecer e o Estado moçambicano [a ser] a vaca leiteira", refere que a companhia não pagou os 50 milhões de dólares (42 milhões de euros) de receitas médias anuais previstas pelo Fundo Monetário Internacional (FMI), para os primeiros dez anos de operação em Moçambique.

Na semana passada, o ministro dos Recursos Minerais e Energia, Max Tonela, anunciou que o Governo suspendeu um concurso público lançado pela petrolífera para o transporte de petróleo leve, considerando que o concurso não tomou em conta a disponibilidade em Moçambique de companhias com capacidade para esse trabalho.

A petrolífera negou que esteja a discriminar as empresas moçambicanas nos concursos para a sua atividade na província de Inhambane, assinalando que está comprometida com o respeito da legislação.

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