Os quase 125 mil eleitores de São Tomé e Príncipe são hoje chamados às urnas para escolher o sucessor do presidente Evaristo Carvalho, que aos 79 anos optou por não se recandidatar a um segundo mandato, querendo "passar o testemunho aos mais jovens". A escolha é entre um recorde de 19 candidatos (seis deles apoiados por partidos políticos e os restantes independentes), que fizeram uma campanha onde foram proibidos comícios e era pedido o distanciamento social nos atos eleitorais, por causa da covid-19.."O nosso povo é chamado a decidir, através do voto nas urnas, o destino da nação, uma escolha que deverá ser justa e acertada. Por isso a consciência de cada cidadão não deve ser ameaçada nem comprada", salientou o presidente numa mensagem dirigida aos cidadãos são-tomenses na véspera das eleições. "O voto é livre e secreto", destacou Evaristo Carvalho, apelando à preservação do "livre-arbítrio" de cada eleitor no momento de votar..Já no início da semana, por ocasião dos atos do 46.º aniversário da independência, tinha alertado contra a prática de compra de votos: "Não posso deixar de me referir ao fenómeno designado por "banho", que tanto tem manchado os nossos atos eleitorais", disse. "Explorar a pobreza do cidadão para beneficiar do seu voto é imoral e indecoroso", sublinhou, defendendo que os eleitores devem votar "de acordo com a sua consciência, e não em função de quem der mais"..Entre os candidatos destacam-se Carlos Vila, apoiado pelo maior partido da oposição (Ação Democrática Independente), e Delfim Neves, atual presidente da Assembleia Nacional, que tem o apoio do Partido da Convergência Democrática (partido minoritário da coligação de governo). Este último diz acreditar numa vitória à primeira volta, apesar do número de adversários, e promete ser um presidente próximo dos são-tomenses e não ficar só no gabinete à espera de leis para promulgar. Já Carlos Vila prometeu "vida nova e jogo limpo" - é o único sem casaco no boletim de voto, querendo mostrar que é "um homem de trabalho"..O advogado Guilherme Pósser da Costa, antigo primeiro-ministro e chefe da diplomacia, é apoiado pelo Movimento de Libertação de São Tomé e Príncipe - Partido Social Democrata (MLSTP-PSD). Este é o maior partido da coligação no poder, ao qual pertence o líder do governo, Jorge Bom Jesus. Mas há outros cinco membros do MLSTP-PSD que concorrem como independentes, entre os quais a ex-primeira-ministra Maria das Neves..susana.f.salvador@dn.pt
Os quase 125 mil eleitores de São Tomé e Príncipe são hoje chamados às urnas para escolher o sucessor do presidente Evaristo Carvalho, que aos 79 anos optou por não se recandidatar a um segundo mandato, querendo "passar o testemunho aos mais jovens". A escolha é entre um recorde de 19 candidatos (seis deles apoiados por partidos políticos e os restantes independentes), que fizeram uma campanha onde foram proibidos comícios e era pedido o distanciamento social nos atos eleitorais, por causa da covid-19.."O nosso povo é chamado a decidir, através do voto nas urnas, o destino da nação, uma escolha que deverá ser justa e acertada. Por isso a consciência de cada cidadão não deve ser ameaçada nem comprada", salientou o presidente numa mensagem dirigida aos cidadãos são-tomenses na véspera das eleições. "O voto é livre e secreto", destacou Evaristo Carvalho, apelando à preservação do "livre-arbítrio" de cada eleitor no momento de votar..Já no início da semana, por ocasião dos atos do 46.º aniversário da independência, tinha alertado contra a prática de compra de votos: "Não posso deixar de me referir ao fenómeno designado por "banho", que tanto tem manchado os nossos atos eleitorais", disse. "Explorar a pobreza do cidadão para beneficiar do seu voto é imoral e indecoroso", sublinhou, defendendo que os eleitores devem votar "de acordo com a sua consciência, e não em função de quem der mais"..Entre os candidatos destacam-se Carlos Vila, apoiado pelo maior partido da oposição (Ação Democrática Independente), e Delfim Neves, atual presidente da Assembleia Nacional, que tem o apoio do Partido da Convergência Democrática (partido minoritário da coligação de governo). Este último diz acreditar numa vitória à primeira volta, apesar do número de adversários, e promete ser um presidente próximo dos são-tomenses e não ficar só no gabinete à espera de leis para promulgar. Já Carlos Vila prometeu "vida nova e jogo limpo" - é o único sem casaco no boletim de voto, querendo mostrar que é "um homem de trabalho"..O advogado Guilherme Pósser da Costa, antigo primeiro-ministro e chefe da diplomacia, é apoiado pelo Movimento de Libertação de São Tomé e Príncipe - Partido Social Democrata (MLSTP-PSD). Este é o maior partido da coligação no poder, ao qual pertence o líder do governo, Jorge Bom Jesus. Mas há outros cinco membros do MLSTP-PSD que concorrem como independentes, entre os quais a ex-primeira-ministra Maria das Neves..susana.f.salvador@dn.pt