Diariamente, a "Viagem Medieval em Terra de Santa Maria terá mais de 2.000 pessoas a trabalhar num perímetro pedonal distribuído por 33 hectares no centro da cidade..Esse espaço será transformado com dezenas de áreas temáticas relacionadas com costumes e produtos da Idade Média, centenas de tabernas e bancas de venda, e quase 1.700 propostas de animação ao longo dos 12 dias do evento, com base em várias apresentações de 67 espetáculos diferentes em cada jornada..O período histórico a retratar este ano é o reinado de D. Pedro I, que ficou marcado pela coroação póstuma de Inês de Castro como rainha e mereceu ao monarca o epíteto de "O Cruel" e também "O Justiceiro"..Os espetáculos produzidos especificamente para a Viagem procurarão assim retratar as diferentes facetas do monarca, que "promoveu leis que fomentaram o comércio marítimo, criou novos concelhos, regulamentou a agricultura e as pastagens" e, no contexto da política internacional, conseguiu ainda manter "boas relações com Castela, apesar do difícil jogo de desavenças internas no reino vizinho"..A organização do evento lembra ainda D. Pedro como responsável por "uma política de afirmação do Estado perante a Igreja" e acrescenta: "Quase sempre identificado pelo episódio de vingança contra os carrascos de Inês de Castro, reinou apenas dez anos, conduzindo Portugal à prosperidade financeira e à paz com os reinos vizinhos"..Na programação de 12 dias da Viagem Medieval foram investidos 1,3 milhões de euros, mas, com base na venda de bilhetes de entrada e com recurso também a produtos complementares como experiências, áreas temáticas pagas e merchandising, a organização garante que o evento é hoje "100% autossustentável".