Sam afinal é Ashley: mulher com amnésia foi identificada via Facebook

Polícia e FBI andaram meses a tentar descobrir a identidade de uma mulher que apareceu sem qualquer memória pessoal num hospital do Sul da Califórnia. Sofre de cancro e foi descoberta por um sobrinho.
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Falava com sotaque australiano e tinha lembranças vívidas de longas estadas na Austrália, mas afinal a mulher com amnésia que apareceu há cinco meses nas urgências de um hospital de San Diego é da Pensilvânia. A sua história tornou-se viral depois de uma reportagem na NBC San Diego e um sobrinho reconheceu-a no Facebook. Estava perdida da família desde 2013, sem qualquer conhecimento do seu passado, amigos ou proveniência. Sam, nome que escolheu para si própria desde fevereiro, afinal é Ashley Manetta.

"Sinto que tenho um nevoeiro intenso sobre a minha mente, a minha memória, sobre o meu cérebro, através do qual não vejo nada", disse Ashley, na reportagem em que procurava informações sobre si própria. "Não me lembro de nada. Como é que cheguei aqui? Não tinha nada comigo, nem joias nem carteira, nada." O que aconteceu nos últimos dois anos permanece um mistério. Quando os bombeiros da localidade de Carlsbad responderam ao pedido de emergência, Ashley estava em mau estado, com a tensão extremamente baixa, quase inconsciente e sem conseguir dizer aos paramédicos quem era. No hospital, recebeu um diagnóstico terrível: tinha cancro do ovário em fase III, e os anticorpos resultantes do tumor eram a causa da "amnésia retrógrada".

Sem identidade nem número de segurança social, aceder a tratamentos para o tumor tornou-se difícil. A polícia da localidade pediu ajuda ao FBI para investigar o caso, mas as impressões digitais não estavam em nenhuma base de dados, o que era sinal apenas de que ela nunca tinha sido presa. A história foi mesmo parar ao site da Interpol, porque o caso podia ser internacional - afinal Ashley falava com um sotaque pouco americano, o que ainda está por explicar.

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