RTP-Madeira tem novo director

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Leonel Freitas é o novo director do Centro de Produção da RTP-Madeira. Assessor da administração da holding RTP/RDP, iniciou a sua carreira de jornalista na RDP em 1976, colaborando com a RTP-M desde 1980. Leonel Freitas substitui Luís Calisto, que abandona o cargo na televisão pública, uma experiência de dois anos, transitando para a direcção do Diário de Notícias do Funchal.

No entanto, as mudanças não se ficam por aqui, apesar de os motivos serem diferentes. Nélio Gouveia, responsável pela Informação da RTP-M, foi exonerado na sequência de um processo interno instaurado pela Administração por alegadas promoções indevidas e que provocou queixa formal por parte de alguns dos trabalhadores. Embora a notícia deste segundo caso coincida no tempo com a do primeiro, uma nada tem a ver com a outra. A entrada de Leonel Freitas relaciona-se como o início e conclusão de um processo de reestruturação da RTP-M e da RDP-M.

"Na verdade, é intenção do Governo, no que diz respeito aos centros regionais da rádio e da televisão públicas, estender às regiões autónomas o processo de convergência estrutural que se tem verificado, com resultados reconhecidos, ao nível do Continente", referiu um comunicado do gabinete do ministro Augusto Santos Silva, responsável pela área da comunicação social, divulgado em finais de Setembro.

O esclarecimento deixava claro que, quando o Governo do PS tomou posse, recebeu do anterior um conjunto de documentos relativos à eventual autonomização do Centro Regional da Madeira da RTP, através da criação de uma empresa autónoma, prestadora do serviço público regional de televisão e participada pela RTP e pelo Governo Regional da Madeira. Esses documentos davam conta de que "haveria um entendimento entre o Governo da República e o Governo Regional quanto aos Estatutos e ao Acordo Parassocial de uma empresa a constituir, assim como quanto à "definição do modelo de serviço de programas regionais para a Região Autónoma da Madeira".

Contudo, nenhuma decisão vinculava formalmente o Estado e "que o Governo actual tivesse de respeitar. Os mesmos documentos indicavam, ainda, que não existia qualquer acordo quanto à questão, essencial, da comparticipação da Região Autónoma no financiamento do serviço público regional. Refira-se que a autonomização dos centros regionais da RTP não consta do Programa do Governo do Partido Socialista.

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