Roger Federer eliminado pelo búlgaro Grigor Dimitrov
O terceiro jogador mundial e recordista de vitórias em torneios do Grand Slam, com 20, esteve a liderar por 1-0 e 2-1 em sets, mas acabou derrotado pelo número 78 do ranking por 3-6, 6-4, 3-6, 6-4 e 6-2, num embate que durou três horas e 12 minutos.
Federer, de 38 anos e vencedor por cinco vezes do Open dos Estados Unidos, ficou, assim, fora da corrida ao seu 21.º título. O tenista suíço venceu em Flushing Meadows consecutivamente em 2004, 2005, 2006, 2007 e 2008 e chegou depois às finais em 2009 e 2015.
Antes deste confronto, Federer já tinha derrotado por sete vezes Dimitrov. Mas desta vez a história foi diferente. "Grigor foi capaz de me eliminar. Eu lutei com o que tinha", afirmou Federer, que acabou o encontro com problemas físicos, devido a uma lesão nas costas, e a acumular erros, que o adversário aproveitou: "Ele começou a abrandar e, no final, notava-se que não estava a 100%", reconheceu um "muito feliz' Dimitrov.
O tenista búlgaro de 28 anos, que só tinha chegado a duas "meias" do Grand Slam, em Wimbledon (2014) e na Austrália (2017), vai disputar o acesso à final com o russo Daniil Medveded, de 23 anos, que bateu o também helvético Stan Wawrinka.
Na primeira presença de sempre nos "quartos" de um major, Daniil Medveded, quinto jogador mundial, recente vencedor do Masters 1 000 de Cincinnati, após ser finalista em Washington e Montreal, superou o suíço, campeão em 2016, por 7-6 (8-6), 6-3, 3-6 e 6-1.
Para esta quarta-feira, estão marcados os outros dois jogos dos quartos de final, com o espanhol Rafael Nadal, segundo do ranking mundial, a defrontar o argentino Diego Schwartzman, 21.º, e o francês Gael Monfils, 13.º, a enfrentar o italiano Matteo Berrettini, 25.º.
Dos seis jogadores ainda em prova, Nadal é o único que já venceu um major - no seu caso 18, três dos quais no US Open (2010, 2013 e 2017).
No quadro feminino, Serena Williams, oitava jogadora mundial, colocou-se a dois triunfos do 24.º título do Grand Slam, e de igualar o recorde da australiana Margaret Court (entre 1960 e 1973), ao "arrasar" a chinesa Qiang Wang, 18.ª, que bateu pelos expressivos parciais de 6-1 e 6-0, em apenas 44 minutos.
A norte-americana aproveitou os cinco pontos de break de que dispôs, somou 24 winners, contra nenhum da adversária, e só perdeu quatro pontos no segundo set, rumo à 13.ª meia-final da sua carreira em Flushing Meadows. Serena somou o 100.º triunfo no US Open, colocando-se a apenas um do recorde da sua compatriota Chris Evert, que conseguiu 101.
"Fisicamente, sinto-me muito bem e, mais do que tudo, estou a divertir-me cada vez que venho ao 'court'. Quando comecei a jogar aqui, nunca pensei em ganhar 100 encontros", disse Serena, que continua assim na corrida a um sétimo título no US Open, após os triunfos em 1999, 2002, 2008, 2012, 2013 e 2014.
Para chegar à sua 33.ª final do Grand Slam, a mais nova das irmãs Williams, de 37 anos, terá de superar a ucraniana Elina Svitolina, quinta WTA, que bateu a britânica Johanna Konta, 16.ª, por um "duplo" 6-4, em uma hora e 39 minutos, num encontro em cometeu muito menos erros não forçados (13 contra 35).
Svitolina tornou-se a primeira ucraniana a chegar às "meias" nos Estados Unidos - depois de cinco vitórias por 2-0, a segunda sobre Venus Williams - e atingiu pela segunda vez esta fase de um torneio do Grand Slam, repetindo Wimbledon (2019).
"Ela tem tido um grande ano. Chegou às meias-finais em Wimbledon e quer agora ir mais longe, pelo que tenho de voltar a jogar muito bem", disse Serena, perspetivando o sexto duelo com a ucraniana, que bateu quatro vezes, perdendo uma, a última, nos Jogos Olímpicos do Rio2016.
Na jornada desta quarta-feira, serão conhecidas as outras duas semifinalistas, após os embates entre a suíça Belinda Bencic (12.ª WTA) e a croata Donna Vekic (23.ª) e o que irá opor a canadiana Bianca Andreescu (15.ª) à belga Elise Mertens (26.ª).
Quanto à representação lusa no US Open, foi dia de despedida, já que João Sousa e o argentino Leonardo Mayer perderam nos "quartos" com os alemães Andreas Mies e Kevin Krawietz, campeões de Roland Garros, por 7-6 (7-4) e 6-4, em uma hora e 26 minutos.