Rod Stewart ao vivo no Rock in Rio-Lisboa

Cantor é o cabeça de cartaz para o terceiro dia de festival, a 1 de Junho

Fã de futebol e feliz proprietário de um dos 400 Ferrari Enzo que se passeiam pelo mundo. Casamenteiro, eternamente apaixonado por louras e pai babado de sete filhos. Rod Stewart é, hoje, estrela que brilha de acordo com os fait-divers que colecciona, sem abandonar o cargo de cantor galã, rock'n'roller transformado em entertainer de grandes plateias. A 1 de Junho regressa a Portugal para o comprovar, no Rock in Rio-Lisboa.

No início do seu percurso enquanto músico (após ter falhado testes para ingressar em alguns clubes de futebol), esteve para ser o vocalista dos Kinks. Mas seria dispensado do projecto quando este utilizava ainda o título The Ray Davies Quartet. Com os blues recém-descobertos, integrou os Steampacket para depois se revelar adepto do espírito Mod pelas ruas de Londres.

Ao ser descoberto pelo Jeff Beck Group, fez-se vocalista conceituado, transitando depois para os remodelados Faces (juntamente com Ronnie Wood). Em 1970 editava o primeiro álbum a solo, An Old Raincoat Won't Ever Let You Down (também conhecido como The Rod Stewart Album), para tingir o sucesso em 71, quando Maggie May invadiu as rádios britânicas.

Do lado de lá do Atlântico transformou Atlantic Crossing (de 1975, que guarda o célebre Sailing) no derradeiro momento de afirmação junto do circuito mainstream. Desde então é celebridade que vive entre o glamour das páginas da imprensa. Uma imagem aparentemente imutável que desfila entre acontecimentos e estrelas.

Ao mesmo tempo, e apesar de uma discografia nem sempre ao nível do seu melhor, mantém intactas (dentro do possível, aos 63 anos) as características de intérprete que o tornaram célebre. Agora, o mesmo reconhecimento passeia-o entre concertos esporádicos, em todo o mundo, participação em programas de televisão e o gosto em exprimir publicamente que pouco mais o preocupa que o prazer dos dias.