Robinho destroçado chora pela mãe
Mais de 48 horas depois do rapto de Marina Lima de Souza, mão da jovem estrela do Santos (20 anos), Robinho, os responsáveis do crime continuam sem pedir qualquer resgate, numa altura em que a polícia já detectou o automóvel usado na fuga.
Dois homens armados irromperam, sábado à noite, em casa de familiares de Marina Souza (43 anos), em Praia Grande (São Paulo), forçando a mão do futebolista a interromper o «churrasquinho» e entrar no veículo em que se colocaram em fuga. Confrontado com a notícia, o treinador do Santos, Vanderlei Luxemburgo, dispensou Robinho de participar no encontro com o Criciuma (1-1), apesar da disposição em contrário do jovem, em vias de se transferir para um grande clube europeu. Com as hipóteses do Benfica, Chelsea e PSV em cima da mesa, o Real Madrid acabara de surgir na corrida como a hipótese mais credível, um negócio que poderá envolver entre 18 e 28 milhões de dólares.
Com estes números a surgirem nas páginas dos jornais, o «bando» da Praia Grande terá lançado uma operação-relâmpago, tendo como alvo a mãe de Robinho, aplicando uma técnica que tem crescido nos últimos anos, identificada pela polícia como «rapto expresso».
Robinho chora e vive o seu drama, enquanto o seu representante,Wagner Ribeiro, continua em Madrid «à volta» da suposta transferência. Só que Robinho não está só neste seu drama. E se Romário viveu situação semelhante, em meados da década de 90, quando o seu pai foi libertado - três dias depois, após o pagamento de vultoso resgate -, na Argentina um jogador de futebol ou um seu familiar são raptados em cada mês e meio. Os casos mais mediáticos aconteceram com o rapto do irmão de Riquelme (actualmente no Villareal, de Espanha) e do pai de Milito (Saragoça). Num país em crise como a Argentina, futebolistas com posses investem em segurança privada e... num carro velho, que dê pouco nas vistas. Isto, porém, não serve de consolação a Robinho.