Seis mil fãs no Facebook (página na Internet), venda de moldes online... A revista Burda Style, herdeira da velhinha Burda, que faz parte das memórias de várias gerações e chegou a ter uma versão traduzida em português, chega hoje às bancas numa versão revista e actualizada, publicada pela Tailormade Media, seguindo o modelo alemão original, da Hubert Media.
Para já, a nova Burda mostrou--se ao mundo através da rede social Facebook. As reacções surpreenderam o fundador e presidente do conselho de administração da empresa editora, Ian Levy. "Amanhã [hoje] chegamos aos seis mil fãs e não há muitas revistas que o consigam", afirma, em declarações ao DN.
As mensagens deixadas pelos fãs são um exercício de memória (aliás, a revista lançou um passatempo pedindo capas antigas - e em português), e o responsável considera que este é o momento perfeito para o lançamento. "É o produto ideal para o momento que atravessamos, os hábitos estão a mudar e ainda vão mudar mais", começa. "Depois, as pessoas querem vestir de maneira original", completa. O lema da Burda Style é "moda à sua medida". Do corpo, do gosto e do bolso, de cada um, sublinha Ian Levy, antigo administrador da Media Capital e Editora Abril, que se lançou no projecto Burda Style há oito meses.
Andar de mãos dadas com as tecnologias não se resume à rede social. Há também um site Burda Style inspirado no alemão, com lançamento previsto para o Verão, em que estará disponível uma central de costura, uma inovação da Tailormade Media. "Imagine que quer uma roupa especial, vai ao site e se comprar um molde adere a uma base de dados de costureiras e escolhe as que estejam na sua área", resume. "A aposta também é criar emprego", afirma o responsável, lembrando que "muitos desempregados vêm do sector têxtil".
A revista em português, com um preço de capa de 4,50 euros, chegará não só às bancas portuguesas mas também ao Brasil, Angola e Moçambique. A primeira edição terá uma tiragem de 20 mil exemplares, a fasquia de Ian Levy está em vendas superiores a dez mil. "É uma revista especializada, mas queremos chegar a pessoas que não são costureiras."