Repsol cria empresa única para negócios de gás e investe sete milhões

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O grupo hispano-argentino Repsol YPF acaba de criar a Repsol Gás Portugal, uma empresa que vai concentrar todos os negócios do gás no nosso país. A empresa, que resulta da fusão da Repsol Portugal GPL com a Repsol Butano Portugal, permite ao grupo poupar cerca de dois milhões de euros por ano com sinergias resultantes da concentração dos negócios daquele segmento de actividade, explicou ao DN Santiago Perez, o administrador delegado da nova sociedade. Estes ganhos são obtidos sobretudo nas áreas comerciais e logística.

A empresa passa a ser a responsável pela comercialização de todo o gás engarrafado, a granel e canalizado no mercado português, assim como pelo gás auto. Tudo com uma marca única, Repsolgas, que está a ser lançada desde ontem, através de uma campanha publicitária que envolveu quatro milhões de euros de investimento (ver caixa ao lado).

Com esta integração, a empresa reforça a sua estrutura produtiva e espera melhorar a médio e longo prazo os resultados, reforçando o seu posicionamento competitivo face aos concorrentes, BP, Galp e Esso, bem como em relação a outros produtos competitivos face ao GPL (gás propano liquefeito) como é o caso do gasóleo para aquecimento e do gás natural. A Repsol Gás Portugal tem actualmente uma quota de mercado de 20% no mercado português e conta com uma rede de 200 concessionários e 15 mil postos de venda em território continental e regiões autónomas. No gás a granel conta com 5 500 clientes e no canalizado com 8 000.

O gás auto é comercializado em 55 bombas da rede que é constituída por 433 postos de abastecimento de combustível que a Repsol tem em Portugal. Este é aliás um dos segmentos de negócio que a empresa estima que possa crescer mais nos próximos anos, em virtude das novas regras que impõem limites significativos à emissões de CO2 para veículos automóveis (ver texto em baixo). De acordo com as estimativas de Santiago Perez este mercado poderá crescer cerca de 10% ao ano. Por isso, o gestor admite a possibilidade de a empresa reforçar o número de postos de abastecimento daquele tipo de combustível.

Quanto aos restantes segmentos do negócio do gás, o crescimento passa por apostar na oferta de serviços e produtos diferenciados aos clientes, como, por exemplo, a energia solar aliada ao gás para aquecimento de águas e pelo aproveitamento de determinados nichos de mercado como o do turismo no espaço rural, locais isolados, onde o gás natural não chegará, sublinha o administrador delegado da empresa.

O grupo, que investiu na área do gás cerca de seis milhões de euros em 2006, prevê investir ao longo deste ano, já através da Repsol Gás, sete milhões de euros nas áreas da segurança e melhoria das instalações e no ambiente. Quanto a novas reduções de pessoal, garante o gestor, "não haverá mais". A Repsol Gás conta actualmente com 65 pessoas nos seus quadros.

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