Renzi e Rajoy lamentam morte de Umberto Eco

O primeiro-ministro italiano, Matteo Renzi, lamentou "perda enorme para a cultura"
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Os chefes de governo de Itália e Espanha lamentaram este sábado a perda do escritor e semiólogo italiano Umberto Eco, que morreu aos 84 anos.

O primeiro-ministro italiano, Matteo Renzi, transmitiu os pêsames à família do escritor de O Nome da Rosa, destacando a sua "inteligência única", capaz de "antecipar o futuro".

"Foi um exemplo extraordinário de intelectual europeu, aliava uma inteligência única com uma incansável capacidade de antecipar o futuro", destacou Renzi, segundo os meios de comunicação locais.

[destaque: Renzi destacou "inteligência única", capaz de "antecipar o futuro"]

"É uma perda enorme para a cultura, que fica privada da sua escrita e da sua voz, do seu pensamento agudo e vivo, da sua humanidade", acrescentou.

Já Mariano Rajoy, chefe do Governo espanhol, considera que "a sua obra permanecerá na memória".

"Os meus sentidos pêsames à família e amigos de Umberto Eco. A sua obra permanecerá na nossa memória. Descanse em paz", escreveu o presidente do Governo em funções, numa mensagem publicada na rede social Twitter.

Também o escritor Roberto Saviano publicou numa rede social uma mensagem de despedida simples, na qual citou as últimas palavras do romance que foi transportado para o cinema pelo diretor Jean-Jacques Annaud. "Nomina nuda tenemos. Adeus professor", escreveu.

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A frase inteira com a qual se conclui o romance é "stat rosa pristina nomine, nomina nuda tenemos", uma expressão em latim que, na essência, explica a ideia de que no final só fica o nome das coisas.

No mundo da política, o deputado do Partido Democrata (PD, no Governo) Ivan Scalfarotto lamentou no Twitter a morte de "um grande italiano".

Também o presidente da região italiana de Emilia-Romagna e membro do PD, Stefano Bonaccini, recordou frases do êxito de vendas O Nome da Rosa e despediu-se do Prémio Príncipe das Astúrias de Comunicação e Humanidades 2000 com um "Ciao #UmbertEco".

Nascido em Alexandria a 5 de janeiro de 1932, Eco foi um intelectual, escritor, semiólogo e filósofo de reconhecido prestígio a nível internacional.

O seu último romance, Número Zero, é uma crítica ao mau jornalismo, às mentiras e à manipulação da história.

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Numa entrevista à EFE em abril do ano passado na sua casa de Milão, em frente ao castelo Sforzesco, perto do Duomo, após publicar o último livro, Eco afirmou tratar-se de uma paródia a estes tempos turbulentos, porque "essa é a função crítica do intelectual".

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