Remoção dos escombros aumenta pilhagens

Sobreviventes rezam pelos mortos enquanto ajuda continua a chegar a Port-au-Prince.<br />
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Enquanto os sobreviventes do sismo no Haiti se juntaram nos locais de culto de Port-au-Prince para rezar pelo mortos do sismo de dia 12, as equipas de socorro prosseguiam a remoção dos escombros. E à medida que estas vão revelando o que ficou escondido debaixo dos edifícios destruídos, aumentam as pilhagens.
Na rue du Miracle, um grupos de duas dezenas de pessoas juntou-se sobre as ruínas de um grande edifício. De cada vez que a escavadora retirava parte dos escombros, cada um tentava tirar de lá o que conseguia, antes de lançar o resultado da pilhagem aos "cúmplices" que aguardavam na rua.
A cena acontecia sob o olhar complacente de um polícia que, confrontado com a pilhagem, apenas conseguia dizer: "O que é que eu posso fazer? Já não temos prisões".  Mesmo assim, as forças da ordem lá iam tentando controlar a situação e evitar o caos.
Com as operações de buscas terminadas, a esperança de encontrar sobreviventes desvaneceu-se. Agora é chegada a hora de cuidar dos vivos. É para isso que no dia 25 a comunidade internacional se reúne no Canadá para coordenar a ajuda ao Haiti. Até agora, foram prometidos 1,2 mil milhões de dólares de apoio, mas o Presidente da República Dominicana garante serem necessários dez mil milhões para reconstruir o país vizinhos. E a reconstrução tem de começar quanto antes, de forma a que a época dos furacões, que começa em Maio, não traga nova tragédia.

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