Remédios inovadores para a hepatite C vão salvar 2184 vidas

Número tem por base 5 mil doentes tratados. Novos medicamentos permitem poupança de 166 milhões de euros em tratamentos de complicações provocadas pela evolução da doença.
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Mais oito anos de esperança média de vida, 2184 pessoas que vão ser salvas ao evitar-se a morte prematura por hepatite, menos 217 transplantes de fígado, 1200 cancros, três mil casos de cirrose e uma poupança de 166 milhões de euros em tratamentos de possíveis complicações. É este o resultado previsto por um estudo que avalia o impacte dos medicamentos inovadores num grupo de cinco mil doentes que estão a fazer o tratamento. Números que aumentam quando o universo de doentes tratados chegar a 13 mil, o que se prevê que aconteça até dezembro de 2016. Desde janeiro de 2014 até ao final de junho deste ano já foram autorizados 5870 tratamentos para a hepatite C.

O estudo, pedido pelo Ministério da Saúde e apresentado ontem no Dia Mundial da Luta contra as Hepatites Víricas durante uma visita de Paulo Macedo ao Hospital Curry Cabral, avalia o impacte do acesso dos doentes à medicação inovadora. Desde fevereiro que os doentes com hepatite C podem aceder aos medicamentos sofosbuvir e sofosbuvir + ledipasvir, que garantem 95% de taxas de cura.

Em cima da mesa estão dois cenários: o primeiro com cinco mil doentes tratados e o segundo com 13 mil, número que deverá ser alcançado no final do próximo ano. O primeiro cenário aponta para 2184 mortes prematuras por doença hepática evitadas. Já no segundo este número passa para 5170. Doentes que corriam risco iminente de morte por estarem em fase mais avançada e crítica da doença e que com a nova medicação deixaram de estar nesta situação. Para os restantes, o risco de morte não era tão imediato ou não está relacionado com a hepatite.

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