Registadas 3.905 comunicações de perigo para crianças e jovens em pandemia

As denúncias recebidas são depois acompanhadas pela Comissão de Proteção de Crianças e Jovens territorialmente competente.
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O Formulário de Comunicação de Situação de Perigo para crianças e jovens foi preenchido 3.905 vezes desde 1 de junho de 2020 e até 31 de janeiro passado, segundo a presidente da comissão responsável pela ferramenta.

Em declarações à Lusa, a presidente da Comissão Nacional de Promoção dos Direitos e Proteção das Crianças e Jovens (CNPDPCJ), Rosário Farmhouse, acrescentou que, no mesmo período (começando um pouco antes, em meados de maio de 2020), a Linha Crianças em Perigo recebeu 2.192 chamadas telefónicas.

Estas duas ferramentas foram criadas pela CNPDPCJ, na tutela do Ministério do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, para "tornar mais acessível a comunicação de situações de perigo" para crianças e jovens durante a pandemia.

"Sem o formulário, haveria muitas crianças numa situação de perigo invisível", assinalou Rosário Farmhouse, adiantando que as ferramentas "são para continuar".

As denúncias recebidas são depois acompanhadas pela Comissão de Proteção de Crianças e Jovens territorialmente competente.

Em geral, todas elas correspondem, efetivamente, a "situações muito graves, que não se imaginava", constata Rosário Farmhouse.

Já a Linha Crianças em Perigo (96 21231111), assegurada por um técnico "muito experiente", tem dado resposta, sobretudo, a pedidos de informação.

Por exemplo, nos períodos de confinamento, foram muitas as dúvidas sobre a regulação das responsabilidades parentais, cuja rotina foi impactada com as restrições de contactos.

A linha telefónica foi criada porque "o isolamento pode aumentar o risco de violência em casa", com o lema "proteger crianças compete a tod@s".

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