Em causa uma intervenção que consistiu no reforço da proteção de um troço da margem esquerda do rio Douro na zona do estuário, através da construção e da reconstrução de muros de contenção..O objetivo, lê-se numa nota do Ministério do Ambiente e da Transição Energética, é "inverter a situação de erosão progressiva dos terrenos marginais associada ao recuo da margem e à instabilidade dos terrenos sobrejacentes".."A implementação desta intervenção revela-se fundamental para a garantia da estabilidade da encosta na zona da margem ao mesmo tempo que permite a melhoria do acesso na frente fluvial e das condições de segurança das pessoas e bens", defende a tutela..Esta é uma das fases de obra do projeto Encostas do Douro, empreitada num total superior a 16 quilómetros de orla ribeirinha que está a ser realizada por etapas e que no total implica um investimento superior a dez milhões de euros..A empreitada foi assegurada pela Agência Portuguesa do Ambiente e contou com o financiamento do Programa Operacional Sustentabilidade e Eficiência no Uso de Recursos (POSEUR). .Na quarta-feira é inaugurada a intervenção de reforço da proteção da margem do rio Douro entre a Quinta dos Cubos e o Cais do Esteiro, numa iniciativa que contará com a presença do ministro do Ambiente e da Transição Energética, João Pedro Matos Fernandes, da secretária de Estado do Ordenamento do Território e da Conservação da Natureza, Célia Ramos, e do secretário de Estado do Ambiente, João Ataíde das Neves, de acordo com o convite divulgado pela Câmara de Vila Nova de Gaia presidida por Eduardo Vítor Rodrigues..Na mesma cerimónia será assinado o contrato de uma outra intervenção da mesma natureza para reforço da proteção da margem esquerda do estuário do Douro, no troço compreendido entre a Quinta dos Frades e o Esteiro, envolvendo um investimento global de 1,4 milhões de euros, igualmente com financiamento do POSEUR..O projeto Encostas do Douro inclui etapas como a consolidação da escarpa da Serra do Pilar ou a adaptação do laboratório Edgar Cardoso em museu e centro interpretativo sobre as pontes, bem como, entre outras intervenções, a requalificação do Cais do Esteiro.."Com este projeto cria-se uma nova frente de rio e valoriza-se a orla ribeirinha", disse em novembro de 2017, o autarca de Gaia, quando descrevia à agência Lusa "a importância das várias fases de obra para a salvaguarda de bens e em matéria segurança".