Reduzir para metade despesas em iluminação nas estradas
De acordo com o jornal El País, o governante precisou que a redução em iluminação vai afectar "todas as estradas da rede do Estado". Segundo fontes do seu Ministério, isso poderá fazer-se desativando um determinado número de lâmpadas em cada via ou apagando sinais luminosos. Esta medida surge depois de o governo espanhol ter já determinado baixar a velocidade máxima nas auto-estradas para os 110 quilómetros por hora, numa tentativa de enfrentar a previsível subida da já elevada fatura elétrica, devido à crise líbia. A Associação Espanhola das Estradas e o Partido Popular temem pelos perigos que esta medida pode representar no que se refere à segurança rodoviária.
O facto de haver menos luz nas estradas pode ser "muito perigoso" e poderá gerar "acidentes muito graves", afirmou Elena de la Peña, subdiretora técnica da associação. A medida, defende, "tem de ser tomada com muito cuidado" porque os troços iluminados atualmente são aqueles que "podem ser especialmente problemáticos". Além disso, "o maior investimento" nesta área está relacionado com a instalação de cabos e lâmpadas, o que significa que, uma vez instalado o equipamento, o custo de acender as luzes é "menor", sustentou a mesma fonte.
Também Frederico Souvirón, porta-voz do PP na Comissão de Segurança Rodoviária no Congresso espanhol, lamentou que "tudo recaia sobre a segurança dos cidadãos na hora de conduzir". O deputado admitiu que "é preciso poupar e fazer um plano energético", mas não a custo de mais riscos nas estradas. Carlos Corcuera, seu homólodo do PSOE, partido do governo, reconheceu que "é sempre recomendável que as estradas estejam bem ilumidadas", defendendo que se encontre um "equilíbrio" entre a poupança energética e a segurança rodoviária.