Real Companhia Velha reforça aposta no enoturismo

Criada sob os auspícios do Marquês de Pombal para combater a crise no Douro, a RCV fatura hoje 22 milhões de euros
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Indissociável da história da Região Demarcada do Douro e do vinho do Porto é a Companhia Geral da Agricultura das Vinhas do Alto Douro, conhecida por Real Companhia Velha. Fundada precisamente a 10 de setembro de 1756, por alvará régio de D. José I, a conselho do seu primeiro-ministro, Sebastião José de Carvalho e Mello, o futuro marquês de Pombal, a ela foi entregue o monopólio do comércio dos vinhos durienses com Inglaterra e o Brasil, e da produção e venda da aguardente a norte. Visava combater a grave crise que o vinho do Porto e o Douro atravessavam, em finais do século XVIII, "assegurando a qualidade do produto, evitando adulterações, equilibrando a produção e o comércio e estabilizando os preços". A primeira demarcação da região, com 355 marcos de pedra, ficou a cargo da Real Companhia, que teve a seu cargo responsabilidades tão distintas como a construção de estradas, a cobrança de impostos, em nome do Estado, e a criação da Aula Náutica e da Real Academia do Comércio e Marinha, que vieram a dar origem ao ensino universitário no Porto.

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